O consumo de energia elétrica caiu 2,9% em julho, no país, em comparação a igual mês do ano passado, informou na terça-feira (1º) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Fatores como o cenário econômico adverso, aumento das tarifas de eletricidade, temperaturas mais amenas e queda do poder aquisitivo do trabalhador contribuíram para o resultado, segundo a EPE. Entre janeiro e julho, a redução do consumo de energia elétrica na rede alcançou 1,4%. No acumulado de 12 meses encerrados em julho, a queda no consumo foi 0,2%.
A maior diminuição no mês foi observada no consumo residencial (-5%), a maior dos últimos dez anos, informou a EPE na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. Na Região Sudeste, a redução do consumo de eletricidade atingiu 7%, afetando todos os estados, com destaque para o Rio de Janeiro (-11%). Nas regiões Norte e Sul, o consumo residencial também mostrou queda significativa, com índices de -8,2% e -5%, respectivamente.
Na área industrial, o consumo de energia elétrica caiu 3,4% em julho, em relação ao mesmo mês de 2014, que já havia apresentado recuo em relação a 2013 em função da Copa do Mundo de Futebol. A queda do consumo em 2014 foi influenciada pela redução da jornada de trabalho nos dias de jogos e pelos feriados decretados pelas prefeituras durante a Copa. A queda do consumo evidencia a baixa atividade industrial no país, diz a EPE.
Dentre os dez setores industriais que demandam mais energia elétrica, apenas um, o de extração de minerais metálicos, aumentou o consumo em 13,3%. A maior queda foi registrada no setor de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, da ordem de 9%, seguida do setor têxtil (-8,9%), setor metalúrgico (-6,8%) e setor químico (-6,7%).
Diante da atividade fraca, o setor comercial teve consumo de energia elétrica estável em julho. As regiões mais afetadas foram Sudeste e Sul, com retrações de 2% e 0,3%, respectivamente. Em contrapartida, o consumo comercial cresceu 6,9%, na Região Norte; 5%, no Centro-Oeste; e 2,1% no Nordeste. Da Agência Brasil.