Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (19), os bancários decidiram por unanimidade manter a greve, que já dura 14 dias. O encontro foi realizada no Ginásio de Esportes da categoria, situado na Ladeira dos Aflitos, centro de Salvador. A categoria, no entanto, vai tentar uma negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em reunião marcada para as 16h desta terça-feira (20), em São Paulo, segundo informou o Sindicato dos Bancários da Bahia. De acordo com o presidente da entidade, Augusto Vasconcelos, a negociação pode durar mais de um dia.
“Teremos nova rodada de negociação amanhã e temos a expectativa de que os bancos apresentem proposta compatível com seus lucros para que possamos resolver esse impasse”, destacou, em contato com o Portal G1. Vasconcelos informou que, somente após a reunião de negociação a categoria vai marcar uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento. Na Bahia, segundo estimativa do Sindicato dos Bancários, mais de mil agências estão fechadas por causa da greve. Somente em Salvador, a mobilização deixa mais de 250 unidades sem expediente. Em todo país, o número de bancos fechados é 12.496.
Reivindicações
Na última rodada de negociação, ocorrida no dia 25 de setembro, a Febraban apresentou a proposta de 5,5% de reajuste salarial, o que, segundo o Sindicato dos Bancários, não cobre a inflação, acumulada em 9,88% no mês de setembro. Os trabalhadores querem reajuste salarial de 16%. Entre os principais pontos da pauta de reivindicações estão redução da taxa de juros e tarifas para clientes e usuários dos serviços, atendimento à população no tempo designado na Lei dos 15 minutos (a qual o cliente não pode passar de 15 minutos na fila à espera de atendimento), reajuste salarial com reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, segurança para evitar golpes e saidinhas bancárias, prevenção contra assaltos e sequestros, além de igualdade de oportunidades para os funcionários.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), durante a greve, os clientes podem fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados. As informações são do Portal G1.