“O ex Jaques Wagner e o atual governador Rui Costa ‘privatizaram’ a Casa Civil do governo baiano. Submeteram um órgão vital do estado aos interesses privados. O compositor e seu parceiro são autores de uma verdadeira ópera tragicômica na Bahia”, diz o deputado federal José Carlos Aleluia sobre as novas revelações feitas em reportagem do jornal Estado de São Paulo, neste sábado, a respeito da etapa baiana da operação Lava Jato.
Depois da divulgação das declarações do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, nas quais é dito que Jaques Wagner teria recebido um grande aporte de recursos para sua campanha a governo em 2006 com valores desviados da petroleira, Aleluia assinala que veio à tona as relações perigosas do atual ministro de Dilma Rousseff e seu afilhado Rui Costa com uma empreiteira.
“Se já não bastasse, enquanto governador, defender a liberação de mais recursos federais para obras superfaturadas dessa empresa, comprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Jaques Wagner substituiu Rui Costa na Casa Civil por um executivo dela. E, depois de ser eleito governador, Rui manteve o mesmo executivo na função”, observa Aleluia.
O ex-diretor da empreiteira virou secretário da Casa Civil do governo, mas antes dele, no último mandato de Wagner e também no de Rui, outros executivos da empresa exerceram cargos governamentais estratégicos. “A dupla Wagner e Rui que, em campanha, sempre combatiam a privatização de empresas públicas ineficientes, hoje terceirizam pastas estratégicas do estado para favorecer empresas amigas. O Ministério Público Estadual e Federal precisam entrar em campo e investigar se há algum conluio nesta história”, recomenda o deputado democrata.