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Lençóis: Autoridades debatem a finalização do registro de patrimônio cultural imaterial da ‘Festa de Senhor dos Passos’

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Dom Murilo com o promotor de Justiça e representantes do Ipac e Iphan | FOTO: Geraldo Moniz |

O arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e o promotor de Justiça Augusto César Carvalho, do Ministério Público estadual, se reuniram na última quarta-feira (26), em Salvador, para discutir a importância cultural da ‘Festa de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos, Padroeiro dos Garimpeiros de Lençóis’, na Chapada Diamantina. A intenção é assegurar a finalização do seu registro como patrimônio cultural imaterial.

Também estiveram presentes o diretor de preservação e o chefe de gabinete do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), Hermano Queiroz e Ivan de Souza Teixeira; a chefe de gabinete e a técnica em patrimônio cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Flor de Lis e Nalva Santos.

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Segundo o promotor de Justiça Augusto César, a Paróquia de Lençóis, na última edição do festejo, afastou a Sociedade União dos Mineiros de Assistência Social (SUM) da organização do evento e alterou algumas de suas características tradicionais por considerá-las profanas, o que pode comprometer a concretização do processo de registro no Ipac e no Iphan, cujas notas técnicas já reconheceram o valor cultural da manifestação.

A intenção é assegurar a finalização do registro como patrimônio cultural imaterial da Festa de Senhor dos Passos em Lençóis | FOTO: Geraldo Aragão |

“A festa do Senhor dos Passos é uma manifestação secular na Chapada Diamantina e reflete toda a vivência da coletividade e herança garimpeira, especialmente de Lençóis, cujas particularidades a tornam única como manifestação cultural e bem difuso”, destacou o promotor de Justiça.

Em declaração durante um encontro com o diretor do Ipac no ano passado Dom Murilo já comentava a importância dos bens imateriais para a cultura baiana. “A riqueza cultural da Bahia é imensa, não somente do patrimônio arquitetônico–religioso, como das celebrações populares; por isso, precisamos unir esforços para a sua conservação e proteção”, disse Dom Murilo. A esperança é que a SUM volte a atuar e possa assim manter as exigências para considerar a festa um patrimônio cultural. Jornal da Chapada com informações do MP-BA e da SecultBA.

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