Mais de 90 toneladas de resíduos sólidos, entre alumínio, politereftalato de etileno (PET) e plástico, que foram coletados durante os dias de Carnaval, estão sendo encaminhadas para o reaproveitamento na indústria. Esse material foi recolhido por cerca de 1,5 mil catadores através dos programas ‘Ecofolia Solidária – O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente’ e ‘Cata Bahia’, das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Justiça Social) e de Cultura (Secult).
Mesmo com quase uma semana depois do fim da festa, no galpão onde funciona a Cooperativa Camapet, no bairro de Massaranduba, o trabalho de separação dos materiais continua intenso nesta terça-feira (16). A unidade é uma das diversas cooperativas beneficiadas com os projetos, que também ofereceram aos catadores avulsos a chance de se cadastrar e vender os materiais a preços justos.
Para a presidente da Camapet, Michele Almeida, receber apoio para trabalhar durante o Carnaval é uma forma de dar oportunidade, emprego e manter a renda de muitas pessoas, além de revelar uma valorização dos catadores. “Só temos que comemorar as melhores condições de trabalho quando recebemos os equipamentos de proteção individual, fardamento e alimentação. Além disso, é uma satisfação tirar das ruas tanto material que seria descartado como lixo se não fosse o trabalho dos catadores”, disse a presidente.
Em visita ao galpão do Camapet, na manhã desta terça (16), o secretário do Trabalho, Álvaro Gomes, destacou a importância do serviço prestado pelos catadores, principalmente em grandes eventos como o Carnaval. “São 90 toneladas de lixo retiradas do meio ambiente, material que gera renda e emprego para essas pessoas. Queremos, além de promover melhoria na qualidade de trabalho dessas pessoas, dar dignidade e valorizar esse serviço”, explicou o secretário.
Carnaval
As ações do Governo do Estado para o Carnaval resultaram num investimento de R$ 1,1 milhão na ‘Ecofolia Solidária’ e beneficiaram cerca de 1,5 mil catadores de resíduos sólidos, que receberam kits compostos por bota, meia, luva, camisa e calça, bem como alimentação, com três refeições diárias durante os sete dias de festa, e oferta de água. Também foram montadas sete centrais – no Politeama, Ladeira da Montanha, Dois de Julho, Barra, Ondina, Pelourinho e Nordeste de Amaralina – para atendimento aos catadores, pesagem e armazenamento do material coletado durante a festa.