A militância do PT e do PCdoB do município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, vai debater com representantes dos movimentos sociais e a comunidade em geral a atual conjuntura política do país com as ofensivas na tentativa de prender o líder petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa plenária dos ativistas de esquerda acontece neste domingo (13), às 9h, no auditório da Câmara Municipal de Vereadores, no centro da cidade. Segundo o representante sindical e presidente do diretório do PCdoB em Itaberaba, Aroldo Moreira, a atividade vai analisar e discutir a conjuntura, mas também pretende manter a militância em constante vigília para o ano eleitoral de 2016.
“A discussão é em torno dos rumos que a operação Lava Jato está se direcionando, os encaminhamentos dados pelo juiz Sérgio Moro. A gente observa claramente que há uma partidarização em ação do judiciário brasileiro, principalmente nesta operação, quando a denúncia, a delação é feita por membros, militantes, parlamentares do PSDB, isso não vem ao caso; quando não é, vem ao caso”, destaca Moreira.
Conforme o presidente do PCdoB de Itaberaba, em contato com o Jornal da Chapada, a condução coercitiva de Lula, no dia 4 de março, foi um absurdo. “Juridicamente, o ministro [do Supremo Tribunal Federal], Marco Aurélio, manifestou-se contrário a esse tipo de condução. Então, tudo isso a gente vai discutir e iniciar um movimento em defesa do estado democrático de direito, em defesa da democracia. Vamos fazer um roteiro de reuniões pela cidade para explicar o que realmente está acontecendo. Nada mais é que uma tentativa de golpe, a mesma coisa que fizeram com o presidente do Paraguai, que sofreu um golpe do judiciário”.
O partido de Aroldo Moreira forma a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff e afirma que Itaberaba é um dos municípios da região que mais foi beneficiado com obras, tanto do governo estadual quanto federal, ambos do PT. Moreira ressalta que a reunião será também um ponta pé dos dirigentes das duas legendas para organizar a militância e a sociedade tanto da periferia quanto da zona rural.
“Vamos ouvir o outro lado da notícia, que não é divulgado na Veja, na Globo ou na Folha de São Paulo, e aí a gente quer discutir com a população a partir deste domingo. O evento vai ser a pedra fundamental deste movimento, e daí para frente a gente vai começar a fazer reuniões em toda a cidade, na periferia, na zona rural, no centro. Onde o povo chamar, estaremos indo”.
Jornal da Chapada