Com suas ferramentas de trabalho, cerca de 100 integrantes do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, na madrugada do último domingo (10), a fazenda Conjunto Presente, de 301 hectares, em Una, e a fazenda Alto da Aliança, de 704 hectares, em Arataca. A informação foi confirmada neste terça-feira (12) pelo site Voz do Movimento. Os trabalhadores afirmam que as áreas, localizadas no sul da Bahia, estão abandonadas e com poucos funcionários. “Nossa região é grande produtora de cacau e de diversas culturas da Mata Atlântica. Porém, com a chegada de algumas pragas, como a vassoura de bruxa na produção cacaueira, muitos latifúndios faliram por conta do monocultivo”, explica Neide Assunção, do MST.
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Ela conta ainda, que as famílias pretendem romper com o monocultivo nessas localidades e garantir a soberania alimentar e econômica da região. Barracos de lona preta começaram a ser montados nos latifúndios pelos trabalhadores, que não possuem previsão de saída. Enquanto isso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é cobrado à iniciar o processo de vistoria das áreas para realizar as desapropriações.
De acordo com Maria Aparecida, acampada, a conquista da terra simboliza a realização de um sonho, o de produzir e, a partir disso, sustentar seus filhos e netos. “Quando chegamos aqui na fazenda já começamos a produzir. Construímos uma horta coletiva e tiramos uma área para plantar feijão e milho”. Até o momento, os proprietários das fazendas não se manifestaram em relação as ocupações. Com informações do site Voz do Movimento.