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Presidente Dilma deve ser afastada na quarta; Senado aceita processo de impedimento

A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia de entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil)

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A presidente Dilma pode ser substituída pelo vice Michel Temer | FOTO: José Cruz/ABr |

Há grande possibilidade de que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja afastada do seu cargo na próxima quarta-feira (11), após a votação no Senado para este fim. Nesta sexta-feira (6), os senadores da Comissão Especial do Impeachment aceitaram a admissibilidade do processo por 15 votos a favor e apenas 5 contra, de um quórum de 21 parlamentares. Desde a última segunda-feira (2), o processo tem sido acelerado pelos senadores na comissão, que ouviu especialistas pró e contra o impedimento.

Agora a peça segue para o plenário da Casa que, por maioria simples (41 votos), pode afastar Dilma por 180 dias. Com o possível afastamento, a presidente petista ficaria sem nenhum dos poderes inerentes ao cargo, que passará para Michel Temer. “Eu tenho a disposição de resistir. Resistirei até o último dia”, afirmou Dilma durante cerimônia de assinatura de contratos para construção de 25 mil unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida com entidades rurais e urbanas, no Palácio do Planalto, nesta sexta.

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Dentro deste prazo, o impedimento será julgado definitivamente no Senado, em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, sendo aprovado com dois terços da Casa (54 votos). Segundo juristas, ao assumir, Temer poderá fazer o que lhe convier em relação ao governo, como exonerar os ministros escolhidos por Rousseff e nomear novos integrantes. Inclusive, desde a votação na Câmara de Deputados, articulações nesse sentido já têm sido realizadas.

O uso da máquina pública, como advogados da Advocacia Geral da União e aviões da Força Aérea Brasileira, ainda não está claramente negado, é uma questão ainda a ser discutida. No entanto, já se sabe que o salário de Dilma será cortado pela metade. Ela poderá, inclusive, continuar no Palácio da Alvorada, mesmo impossibilitada de utilizar o gabinete presidencial no Palácio do Planalto. Atualizado às 14h.

Jornal da Chapada

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Veja como votaram os senadores da comissão:
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP): SIM
Ana Amélia (PP-RS): SIM
Antonio Anastasia (PSDB-MG): SIM
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB): SIM
Dário Berger (PMDB-SC): SIM
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE): SIM
Gladson Cameli (PP-AC): SIM
Gleisi Hoffmann (PT-PR): NÃO
Helio José (PMDB-DF): SIM
José Medeiros (PSD-MT): SIM
José Pimentel (PT-CE): NÃO
Lindbergh Farias (PT-RJ): NÃO
Raimundo Lira (PMDB-PB) – presidente, não votou
Romário (PSB-RJ): SIM
Ronaldo Caiado (DEM-GO): SIM
Simone Tebet (PMDB-MS): SIM
Telmário Mota (PDT-RR): NÃO
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM): NÃO
Waldemir Moka (PMDB-MS): SIM
Wellington Fagundes (PR-MT): SIM
Zeze Perrella (PTB-MG): SIM

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