O acordo de delação premiada de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, foi homologado nesta quarta (25) pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Machado é investigado na Lava Jato por supostos desvios na estatal durante o período em que ocupou o cargo. Machado é ex-senador e voltou a ser notícia nesta semana, após divulgações de gravações nas quais manteve conversas com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da República e do Senado, José Sarney.
A primeira conversa, divulgada na segunda-feira (23), levou ao afastamento de Jucá do comando do Ministério do Planejamento. Em nova gravação, divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, Machado conversa com Calheiros e defende mudanças na lei que trata de delação premiada, de forma a impedir que um preso se torne delator. Em nota divulgada à imprensa, Renan afirmou que não têm relação com a Lava Jato e afirmou que é “hábito” receber pessoas que o procuram.
Nos diálogos divulgados pelo jornal, o senador defende mudanças na lei que trata de delação premiada de forma a impedir que um preso se torne delator. Esse procedimento é o mais usado nas investigações da Operação Lava Jato. Em um dos trechos das conversas divulgados pela reportagem, Machado sugere a Renan “um pacto”, que seria “passar uma borracha no Brasil” e citou o Supremo Tribunal Federal. Renan responde: “Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa, porque aí você regulamenta a delação.” Da Agência Brasil.