A Bahia está apta a vender carne bovina in natura para as 77 indústrias brasileiras habilitadas a exportar o produto enlatado para a União Europeia (UE). A UE ampliou o acordo voltado à carne industrializada do Brasil, passando de nove para 23 o número de Unidades da Federação, que podem fornecer carne bovina para a fabricação de produtos industrializados (carne enlatada) de exportação. A conquista se deu através do trabalho de sanidade animal e inspeção da produção cárnea executado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri).
A UE fez um alinhamento dos requisitos sanitários com a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). O secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, afirma que o avanço representa o reconhecimento do status sanitário baiano e brasileiro. “A Seagri/Adab vem executando trabalho intenso de fiscalização e educação sanitária em todo o Estado, e isso certamente foi fator preponderante para esta conquista, resultado do cumprimento das regras da OIE, o que possibilitou a inclusão da Bahia entre os estados contemplados”, disse.
O diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Marco Vargas, ressaltou que esta inclusão vai estimular a produção de carne na Bahia, bem como a procura pela habilitação das indústrias baianas para também exportar o produto enlatado. “Creio que isso vai movimentar a economia, gerando mais emprego e renda”, ressaltou Marco.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2015, o Brasil exportou 104,4 mil toneladas de carne industrializada, o que gerou uma receita de US$ 633,58 milhões. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), a decisão da União Europeia é importante, sobretudo pelo aumento de fornecedores brasileiros de matéria-prima para a exportação desse tipo de produto.
Até a recente ampliação, os estados autorizados eram São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. Agora também fazem parte da lista o Distrito Federal, Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.