O estudante Samuel Nascimento Neto afirma ter sido vítima de homofobia e discriminação na manhã da última quinta-feira (28). Ao deixar o Edifício Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, em Salvador, e passar pela catraca eletrônica do prédio, ele percebeu que seu nome constava como “Samuel Boiola”. Ele chegou a trabalhar no local há três anos. “Neste momento, um amigo chegou para me cumprimentar e presenciou o ocorrido me constrangido mais ainda (SIC). Perguntei ao segurança onde se encontrava a administração do condomínio e me dirigi à mesma. Chegando lá, fui recepcionado por um funcionário e relatei o ocorrido”, afirmou em entrevista ao site iBahia.
Oliveira contou, ainda, que após deixar o edifício, recebeu uma mensagem no celular de um funcionário do local. “Após certo tempo, o funcionário me enviou uma mensagem solicitando a foto tirada por mim da catraca e logo depois me ligou solicitando o número do meu RG”, revelou. Ao voltar ao local na mesma tarde, Samuel verificou que um nome diferente aparecia no visor da catraca: “Samuel Loiola”.
O estudante relatou também que recebeu, ainda na noite daquele dia, uma ligação de uma funcionária do edifício, que questionou se ele já havia trabalhado no local e por quanto tempo. “Eu confirmei que trabalhei sim, numa empresa que ficava em uma das salas do condomínio, com isso não entendi, mas ao analisar tal questionamento, percebi que meu nome já constava em sistema daquela forma pejorativa e discriminatória desde aquela época”, esclareceu. Por causa do episódio, Samuel registrou queixa por injúria na 16ª Delegacia de Polícia, no bairro da Pituba.
Em nota, o Mundo Plaza afirmou que “repudia qualquer ato de preconceito por caracterizar clara violação aos direitos da personalidade e à dignidade da pessoa humana”. “O empreendimento informa que já tomou todas as medidas cabíveis junto à empresa terceirizada, que é a responsável pela contratação do funcionário envolvido no caso”, concluiu a empresa. As informações são do Bahia Notícias.