Egressas do curso técnico subsequente de meio ambiente oferecido pelo Instituto Federal da Bahia (Ifba), campus de Seabra, as jovens recém-formadas Amanda Oliveira, Jaine Novaes, Lizandra de Souza, Micaele Anjos e Tâmala Thaís já têm conquistas em seus currículos. Desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), unidade gestora do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), em parceria com pesquisadores de outras instituições, incluindo o Ifba, o livro “Aspectos botânicos e ecológicos em comunidades da Chapada Diamantina – Resultados de projeto para subsidiar a gestão ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina e entorno” apresenta uma série de análises para balizar os acordos de convivência (termos de compromisso) entre o ICMBio e comunidades, com base no uso sustentável dos recursos naturais.
A contribuição das jovens está em destaque na terceira parte da obra. O trabalho das egressas do Ifba consistiu em análises etnobotânicas do cipó de caititu e do licuri, plantas utilizadas pela Comunidade Quilombola do Corcovado, em Palmeiras, para confecção de artesanato. Fruto do estágio desenvolvido na comunidade com orientação do analista ambiental Cezar Neubert, a pesquisa foi apresentada durante o VII Seminário de Pesquisa e VII Encontro de Iniciação Científica do ICMBio, em Brasília (DF), onde a editora Novas Edições Acadêmicas fez o convite para a publicação.
Na opinião de Lizanda, o estágio foi um período para vincular os aspectos teóricos aos práticos. “Foi um momento em que a teoria e a prática se mesclaram para que fosse possível apresentar um bom resultado. E, sobretudo, perceber a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva para minha prática enquanto futura técnica ambiental”, comentou a jovem. Para ela, o contato direto com o estudo do extrativismo e uso sustentável do cipó de caititu e do licuri ampliou sua visão a respeito do assunto.
“Sem dúvida alguma, meu aprendizado foi imenso! Os desafios vivenciados contribuíram diretamente para a minha formação acadêmica. Hoje, temos a sensação de que fomos vitoriosas. Aproveitamos a disponibilidade de todos os envolvidos com experiências e conhecimentos em relação à área ambiental e ao uso sustentável das espécies bem como ao saber popular, passado de geração pra geração na comunidade do Corcovado”, acrescentou Lizandra. As informações são da GeCom do Ifba de Seabra.