Cerca de 750 imóveis, monumentos históricos e áreas tombadas no estado da Bahia serão monitorados e geridos por georreferenciamento através da leitura de satélite. A iniciativa é realizada em parceria entre as secretarias estaduais de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e de Cultura (SecultBA), através dos seus órgãos vinculados, respectivamente, a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). “A ação é inédita na área do patrimônio cultural da Bahia e traz gestão contemporânea com base em tecnologia de ponta sem precedentes para os bens edificados e as áreas oficialmente protegidas nos centros urbanos baianos”, afirma o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira.
O trabalho será feito com mapas, dados e imagens de satélite do Sistema de Informações Geográficas Urbanas (INFORMS) da Conder que serão cruzados com levantamentos de campo, cadastros e inventários de patrimônios culturais da Bahia de posse do Ipac, dentre outras informações. “O imóvel, o monumento ou a área urbana georreferenciada terá leitura de alta tecnologia, com referência, localização, situação, enquadramento, descrição, características, limites e confrontações, dando um perfil de alta precisão sobre a edificação e todo o seu entorno”, explica João Carlos.
A Bahia detém três áreas urbanas de importância histórica protegidas, cerca de 175 imóveis tombados e bens imateriais registrados via Ipac. No âmbito federal são 15 áreas urbanas e 190 bens culturais protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura (MinC). Além disso, o Ipac administra cerca de 350 unidades imobiliárias no estado.
GESTÃO e APLICATIVOS
A possibilidade do georreferenciamento para os patrimônios culturais multiplica a qualidade e a eficiência da gestão, otimiza resultados e acelera a tomada de decisões. “Essa leitura tecnológica oferece retrato de alta definição da realidade de cada imóvel, do seu entorno e todos os dados de concessionárias públicas disponíveis relacionados ao mesmo, como água, energia, esgotamento, estrutura, prospecção de solo, arqueologia e todas as informações complementares que possa se agregar”, relata o diretor geral do Ipac.
O georreferenciamento elimina falhas de levantamentos antigos, revelando a localização geográfica exata dos imóveis, monumentos e áreas urbanas, transportando coordenadas GPS (Global Positioning System, Sistema de Posicionamento Global), cruzando-as com dados públicos, como do IBGE, dentre outros, e até privados. Isso se dá via softwares específicos. A ideia do Ipac é criar ainda aplicativos onde esses imóveis, monumentos e áreas urbanas possam ser consultados até via celular, tablets, dentre outros aparelhos.
O diretor de Projetos e Obras do Ipac, Felipe Musse, destaca a integração de tudo em uma única base de dados virtuais. “Poderemos identificar a real situação dos imóveis e seu concessionário, detectando inadimplências e irregularidades. Já nos bens tombados detectaremos transformações urbanas, normatizaremos intervenções e autuaremos irregularidades”, finaliza. Conheça o INFORMS: http://goo.gl/IMejCP. Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e instagram ‘@ipac.patrimonio’. As informações são da Secult/Ipac.