O sonho do pódio com duas duplas brasileiras chegou perto de se repetir no vôlei de praia feminino, mas duas derrotas fizeram com que apenas Agatha e Barbara saíssem dos jogos do Rio de Janeiro com medalha. Elas subiram ao pódio em segundo lugar e receberam a prata. Em 1996, o Brasil ganhou as medalhas de ouro e prata no vôlei de praia feminino. Já em 2000, vieram as de prata e bronze. Em 2016, as duplas da casa disputaram o ouro e o bronze, mas não venceram as últimas partidas. Na final, as brasileiras perderam para as alemães Ludwig e Walkenhorst em um jogo marcado por ventos fortes e uma performance reconhecidamente melhor das adversárias.
“As alemães mereceram e fizeram um excelente jogo”, elogiou Ágatha. Para a brasileira, a dupla jovem da Alemanha que saiu com o ouro é a prova de que o esporte está evoluindo rapidamente, com mais países se tornando competitivos e renovando as atletas de alto nível. “É natural que exista um revezamento”. A jogadora afirma não deixar a Olimpíada com tristeza, porque a medalha de prata em casa foi fruto de um caminho difícil de superação e pressão. “Essa medalha tem um gosto maravilhoso”. Bárbara destacou a tradição do vôlei de praia no Brasil e disse se sentir feliz por poder seguir esse caminho. Ela conta que, durante o jogo, ventos fortes surpreenderam as atletas e foram mais bem aproveitados pelas alemãs.
“Foi um fator que dificultou, mas não foi determinante”, disse ela, que não havia encontrado vento minutos antes, no aquecimento, e se deparou com um clima diferente quando voltou. Apesar de a disputa pelo bronze não oferecer medalhas a quem perde, Larissa afirma que o sentimento após a derrota não é apenas ruim. “Isso não apaga o que a gente construiu. A gente construiu muita coisa e fica uma felicidade de ter participado”, diz ela, que agradeceu o apoio da torcida na Praia de Copacabana. A atleta afirmou que ainda não pensa em Tóquio, que quer descansar e pensar no sonho de ser mãe.
“É um sonho que só está adiado, mas vai acontecer”. Talita contou aos jornalistas, após o jogo, que a vontade de ter filhos pesa para ambas e que a decisão de parar de jogar é algo que elas vão ter que combinar para que cada uma constitua sua família. “Eu acho que a gente vai jogar um tempo, mas acho que Tóquio não vai dar”.
A jogadora afirma que não sai feliz, porque seu objetivo era alcançar o pódio, mas garante aos torcedores que deu o seu melhor na areia. “Talvez eu não tenha conseguido dar os meus 100% em todos os momentos, mas isso não quer dizer que eu não tentei. Quando você falha, é sinal de que você tentou. Eu tentei em todos os momentos”. A dupla perdeu para as americanas Walsh e Ross. Walsh é três vezes campeã olímpica (2004, 2008 e 2012) e ficou com o bronze no Rio de Janeiro. Da Agência Brasil.