O brasileiro Phelipe Rodrigues deixou a piscina do Estádio Aquático Olímpico feliz por ter ganhado a medalha de prata nos 50 metros livre, na categoria S10, mas isso não significa que ele esteja satisfeito com o resultado obtido na prova mais rápida da natação paralímpica. “Eu esperava uma medalhinha de cor diferente, que era a de ouro. Queria ter feito o meu melhor tempo da vida, mas fui pouquinho pior”, disse o nadador pernambucano, que marcou 23.33 segundos, 23 centésimos a mais que o ucraniano Maksym Kryapk.
O atleta vai disputar mais três provas: os 100 metros livre, que considera sua especialidade, e os revezamentos de 100 metros medley e 100 metros livre. “Vamos descansar para as próximas provas, manter o foco e descer o braço”, prometeu Phelipe, que está determinado a conquistar o primeiro ouro paralímpico. “Estou vindo aí muito forte, assim como o André e outros atletas vão vir muito fortes, e vamos ver o que acontece. Não vou facilitar para ninguém.”
Na raia ao lado de Phelipe, estava André Brasil, que detém o recorde mundial e paralímpico da prova, de 23.16 segundos, estabelecido nos Jogos de Londres e até hoje não superado. André ficou em quarto lugar na final da Paralimpíada do Rio, com 23.78, apenas 3 centésimos a mais que o ucraniano Denys Dubrov.
Quando os dois brasileiros chegaram à área da piscina para a prova, a torcida vibrou no Estádio Aquático Olímpico, e fez ainda mais barulho quando descobriu que tinha brasileiro no pódio. “É uma sensação indescritível estar aqui representando o Brasil e ganhar uma medalha na frente da nossa nação e do povo brasileiro, que é um povo que gosta de festa, gosta de medalha e está torcendo pra gente”, disse Phelipe, que deixou a piscina otimista. “Acredito que vem mais coisa boa aí, especialmente para mim.” Da Agência Brasil.