As mudanças realizadas por Medida Provisória no Ensino Médio do Brasil, pelo governo interventor de Michel Temer (PMDB), deixaram o vereador soteropolitano Luiz Carlos Suíca (PT), candidato à reeleição no pleito deste ano, indignado. Durante atividade com jovens estudantes secundaristas e universitários, no sábado (24), Suíca apontou para a discrepância em acabar com a obrigatoriedade de matérias. “A educação tem que ser tratada de maneira mais séria, não cabe uma medida provisória ser aplicada neste campo e assim mudar os rumos do sistema de ensino de uma hora para outra. Uma medida como essa tem que ser construída com ampla participação de gestores, educadores, ouvindo o CNE [Conselho Nacional de Educação]”.
Para o edil, a escola deveria ser mais “atrativa e fascinante” para que os estudantes se interessem mais, “evitando que os jovens brasileiros se percam para o crime”. Suíca ainda aponta que os próprios gestores estão preocupados de como será a implantação dessa medida de forma abrupta. “O que mais me deixa indignado é que políticos que se dizem oposição ao governo Temer, mas não são, se colocam defendendo uma coisa que não é da alçada deles e concordando com as maluquices que fizeram com a educação no país, estão querendo estagnar o conhecimento e evitar o desenvolvimento crítico das crianças e adolescentes”, aponta Suíca.
Segundo o vereador de Salvador, tirar a educação física da escola é um crime e ainda afirma “que há um perigo no estudante começar a se especializar em apenas uma área no ensino médio”, já que isso pode enfraquecer uma formação mais ampla e cidadã. “Como você quer formar atletas? Como você quer formar cidadãos críticos, pensadores, conscientes sem as disciplinas de sociologia, filosofia e artes? Infelizmente ainda têm pessoas que defendem um projeto desses. A gente sabe que um desses defensores quando passou pela Secretaria de Educação de Salvador deixou um rastro de maldade e de desmando, deixou a marca de Nero ao queimar Roma”.