Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode mudar os rumos da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), marcada para fevereiro de 2017. Nas próximas semanas será julgada no Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para decidir se as reeleições das assembleias legislativas serão limitadas.Atual presidente da casa, o deputado Marcelo Nilo está no seu quinto mandato. Caso o resultado seja favorável para a limitação das reeleições, Nilo não deve concorrer durante o pleito.
Nos bastidores, ele é apontado como um dos grandes nomes e tem boa aceitação entre os parlamentares por conhecer as brechas e regras e ter o manejo da casa. Em conversa com a Tribuna, Marcelo Nilo afirmou que ainda não pensa no assunto e que só vai decidir se será candidato a partir da segunda semana de dezembro. “Eu só vou pensar se serei candidato na segunda dezena de dezembro, só lá eu vou decidir. Se aparecer um candidato natural, tudo bem, se não aparecer, aí em dezembro eu decido”, afirmou Marcelo Nilo.
Um dos líderes da bancada do governo, o deputado Rosemberg Pinto afirma que é favorável à limitação de reeleições, mas afirma que o nome do escolhido ficará em segundo plano em uma eventual articulação do prefeito de Salvador, ACM Neto, junto com a minoria para lançar um nome próprio. Até o momento, a Alba tem confirmadas as pré-candidaturas do Pastor Isidório (PDT), de Luiz Augusto (PP) e de Marcell Moraes (PV).
Outro nome vai sair do PSD. A sigla já confirmou que terá um nome próprio, mas ainda não decidiu quem será o representante. Os mais cotados são os deputados Ângelo Coronel e Adolfo Menezes. “A minha posição pessoal é de uma pessoa que acha que precisamos acabar com essa reeleição de forma indefinida, é uma opinião minha, mas temos aí um fato novo que é o prefeito de Salvador.
Segundo os deputados que se reuniram com ele no início do mês, logo após a eleição, comentaram que eles estariam sugerindo uma candidatura da oposição à presidência da Casa e se for real isso, vamos estar caminhando na linha de ter uma candidatura única no campo que apoia o governador Rui Costa. Essas questões de reeleições, sexto mandato, Isidório, outro nome, passam a ser secundárias. O que passa a ser prioritário é a unidade pra que a gente possa estar representando como um projeto do governador Rui Costa” afirmou o petista.
Já a bancada de oposição afirma que ainda não discutiu o assunto e que vai aguardar as movimentações para definir se terá um candidato próprio ou apoiará algum nome. Entre os cotados especula se o nome de Alan Sanches como potencial indicado pela bancada, mas o martelo ainda não foi batido. Extraído da Tribuna da Bahia.