Depois das acusações de recebimento de propina por prepostos de Michel Temer (PMDB) feitas pelo ex-diretor da Odebrecht Cláudio Mello Filho, um grupo de deputados pretende acelerar a aprovação de emenda à Constituição que prevê eleição direta em caso de vacância da Presidência da República, sugerida pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). A proposição aguarda apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A proposta de emenda de Teixeira acaba com a eleição indireta, executada pelo Congresso, para presidente da República, em caso de vacância do cargo a partir do segundo ano de mandato. Parlamentares já trabalham com a possibilidade de Temer perder as condições políticas de concluir o mandato.
A emenda apresentada pelo decano da Câmara revela a desconfiança com o próprio Legislativo, que tem mais de 150 dos seus membros investigados, denunciados ou réus em vários casos de corrupção apurados em forças-tarefa que unem Polícia Federal e Ministério Público.
Apresentada em junho, a emenda já ganhou o parecer favorável do relator do tema na CCJ, deputado Experidião Amin (PP-SC), e aguarda votação no colegiado. Miro e Amin se queixam que o presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), não coloca o assunto em pauta por pressão do Palácio do Planalto, com o objetivo de proteger o presidente Temer, de quem é amigo. Jornal da Chapada com informações do O Congresso em Foco.