As eleições para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) vão ser realizadas em fevereiro do próximo ano, mas à medida que o tempo passa se intensifica a corrida por apoios de bancadas e parlamentares. Um dos nomes fortes na disputa, o atual presidente da Casa, Marcelo Nilo, garante que vai largar forte na disputa para emplacar o seu sexto mandato. Ontem, Nilo recebeu o apoio de mais uma sigla, o PTN, do deputado Jânio Natal.
Caso a orientação se confirme, ele chegará a 31 votos, faltando apenas um para bater a meta mínima necessária para confirmar o triunfo. Na semana passada, Nilo almoçou com alguns deputados para reforçar o apoio. Na ocasião, Jânio era uma das dúvidas do presidente. O outro representante do PTN na Assembleia é Alex Lima, mas ele deve deixar o partido e seguir para o PDT.
“Eu levei 28 deputados e tem dois deputados que vão sair em janeiro porque vão assumir prefeituras. Eles me apoiam. Eles não foram e eu também não convidei os suplentes, já que eles só assumem em janeiro. Mas eles vão seguir a tendência dos titulares. Em tese, então, levei 30. Só não foi Jânio, mas acredito que ele vai me dar o apoio. Eu confio na palavra de todos que foram”, disse Nilo.
Nos bastidores, as especulações são de que o voto de confirmação sairá do PP. O partido tem candidatura própria, do deputado Luiz Augusto, mas Antônio Henrique Júnior, filho do prefeito de Barreiras, Antônio Henrique, pode se descolar da bancada e depositar seu voto em Marcelo, seguindo uma orientação de seu pai. Em nota, a assessoria de Antônio Henrique Júnior negou as especulações e afirmou que o parlamentar vai marchar com o partido.
Outro quadro que pode ser fundamental para Nilo é a posição da oposição. Com 19 votos, o grupo ainda não decidiu se vai apoiar um dos candidatos ou se terá um nome próprio. Marcell Moraes (PV) chegou a garantir que iria ser candidato, mas nos bastidores as conversas esfriaram.
Nos últimos dias, foi ventilada a possibilidade do presidente da bancada, Sandro Régis (DEM), sair como candidato, mas até o momento o martelo não foi batido. Do outro lado, Nilo garante que vem conversando com o grupo e que pode fechar com a bancada em troca de cargos. “Conversei com todos da oposição. Já tive várias reuniões. Reservei três vagas na mesa para oposição, entre elas, a primeira secretaria. Darei duas diretorias na administração”, afirmou ele.
Em contato com a Tribuna, Sandro Régis negou qualquer tipo de negociação. “Com o presidente da oposição ele não falou, ainda estamos analisando os cenários e segue tudo indefinido. A única certeza que temos é a de que vamos votar em bloco, vamos por uma unidade da oposição”, afirmou.
Caso chegue a um diálogo com a oposição, Nilo causaria um impasse com a base do governador Rui Costa, já que a bancada da minoria vem se articulando com o prefeito de Salvador (ACM Neto) para chegar a um denominador comum. Até o momento, Nilo tem como concorrentes na corrida pela presidência da AL-BA os deputados Ângelo Coronel (PSD) e Pastor Sargento Isidório (PDT). Extraído do site da Tribuna da Bahia.