O prefeito de Itaetê, o petista Valdes Brito, ao longo desses 10 primeiros dias da sua administração vem montando sua equipe com o que há de melhor em recursos humanos e técnicos, tudo para atender com presteza e qualidade a população em situação de vulnerabilidade social do município. Do quadro de secretários, falta apenas o titular de Agricultura, os outros já estão trabalhando e, em breve, cada um estará apresentando ao gestor o relatório dos primeiros dias de governo. No dia 6 de janeiro, Valdes deu posse ao secretário de Educação, Leonídio Souza Damasceno, o popular Bolota. A solenidade de posse aconteceu no gabinete do prefeito e, na oportunidade, houve leitura do ato, juramento do empossado e assinaturas.
O prefeito falou sobre sua trajetória como professor e sobre as melhorias que quer ver na educação do município. Valdes salientou que a marca de sua gestão será o atendimento humanizado, ele ainda falou sobre a confiança que tem no novo secretário. “Fui eleito pela maioria, mas sou prefeito de todos e conto com ajuda de vocês para que eu possa fazer uma boa administração”, aponta o novo gestor de Itaetê. Coube à ex-secretária Patrícia Guedes dar as boas-vindas ao novo secretário, em tempo, que se colocou à disposição para qualquer esclarecimento, passando para Bolota o memorial da pasta.
Durante o ato, o novo secretário fez um breve relato sobre sua vida, focando na atuação pública e na passagem como servidor da então EBDA, ressaltando a atuação como chefe de gabinete do deputado estadual, Eduardo Salles. Bolota citou alguns dados oficiais sobre a educação do município, informando que 71% dos alunos do quinto ano não aprenderam a ler e a escrever adequadamente e, no nono ano, 86% têm dificuldade de leitura e escrita.
“E são dados da Prova Brasil, ainda cito a matemática, onde 79% dos alunos do quinto ano não sabem fazer as quatro operações básicas e, no nono ano, 94% dos alunos não conseguem dominar a matéria”, relata Bolota. O titular ainda conclamou a ajuda dos professores, coordenadores e demais funcionários da área de educação para mudar a realidade do município.
O novo secretário ainda enumerou 13 ações emergenciais para fazer a educação progredir. Bolota cita o investimento na aprendizagem dos estudantes da educação básica, nas competências de alfabetização e letramento. Além de proficiência leitora e escritora e em matemática visando a elevação de todos os dados oficiais. Coloca também como prioridade, buscar junto ao prefeito, dentro da lei de responsabilidade fiscal a garantia do piso salarial nacional para os professores.
Nas 13 ações também constam a extinção da cultura da perseguição, a valorização do professor com justo incentivo, para participação em cursos superiores nas áreas de conhecimento que demanda formação acadêmica. Incentivo na matrícula com alunos regulares em cursos de pós-graduação; estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior, para oferecimento de cursos específicos; qualificação das condições de trabalho em todos os funcionários, privando o respeito, a integridade e a dignidade do ser humano, valorizando sempre o cidadão e o trabalho.
A nova gestão quer ainda a análise situacional da demanda real de vagas, incentivo a uma proposta específica para educação – viabilizar a Escola Família Agrícola; criação de um núcleo de psicologia escolar e psicopedagogia clínica institucional, para atendimento dos estudantes da rede; retomada dos projetos de educação física escolar, com vista aumentar diversas práticas esportivas. Incentivo de programas próprios de educação integral e revisão e efetivação do plano de cargo e salários.
Depois de esclarecer as 13 ações emergenciais, Bolota pediu apoio aos funcionários da educação para que todos juntos possam fazer um bom trabalho. O secretário foi até a antiga Secretaria para ver a real situação do prédio e ficou assustado com o que viu. O prédio está com a estrutura danificada, banheiros sem funcionar, caixas espalhadas e equipamentos abandonados pelo chão.
Dos problemas estruturais, o que mais preocupou o secretário foi os cupins que ameaçam a preservação de centenas de documentos de muitos anos e pastas de arquivos. “A intenção da pasta é reformar o prédio para que volte a funcionar a secretaria no local, pois o prédio é bem localizado, dividido e espaçoso, mas a situação do prédio deve ser tratada com seriedade e planejamento”. Jornal da Chapada com informações da Ascom de Itaetê.