Enquanto parte do país rejeita Michel Temer e engrossa o coro do ‘Fora Temer’, o funcionário de um cemitério fez um protesto inusitado e pintou a parede com o inverso: ‘entra Temer’. Considerada como a maior greve geral da história do país, contra o governo mais impopular de todos os tempos, a manifestação da última sexta-feira (28) levou mais de 40 milhões de pessoas às ruas em diferentes cidades brasileiras.
As centrais sindicais que organizaram as paralisações afirmam que não contabilizaram números de adesões, entretanto o número foi divulgado pela Força Sindical. Dados disponíveis pelas entidades indicam que a última grande greve no país, em 1989, teve 35 milhões de adesões.
“Foi a maior greve da história”, afirma o presidente da CUT, Vagner Gomes. “Foi uma resposta ao Temer e ao Congresso de que a sociedade não concorda com o fim da CLT, com a terceirização e o fim da aposentadoria”. Segundo ele, a partir da próxima semana os sindicalistas “vão ocupar Brasília” para convencer os senadores a votarem contra a reforma trabalhista, que esta semana foi aprovada no plenário da Câmara.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que o movimento de sexta foi um recado para que o governo abre negociações para se fazer uma reforma “civilizada”, que não seja feita só pelo governo e o Congresso, mas com a participação dos trabalhadores.
Em resposta a críticas de que a greve só ocorreu porque houve piquetes em importantes vias, com pneus incendiados, Gomes diz que é assim que ocorre na França, na Inglaterra, no Brasil e em outros países. “Greve não é um acordo entre a sociedade e o governo, é um confronto. Se o governo fizesse as coisas certas isso não ocorreria”. As informações são do site Brasil 247.
Saiba como foram as manifestações na Chapada Diamantina
Trabalhadores da Chapada Diamantina vão às ruas durante greve geral; confira fotos e vídeos