Na última quinta-feira (24) o canal aberto SBT exibiu uma entrevista com o presidente Michel Temer (PMDB). Nela o político afirma que não pratica “presidencialismo de cooptação”. De acordo com Temer, os encontros fora da agenda que têm acontecido não são anormais. “Converso com quem quiser, na hora que achar oportuna e onde quiser”, afirmou. Durante a entrevista, ele foi questionado sobre a propaganda exibida no último dia 17 pelo PSDB na qual o partido criticou o “presidencialismo de cooptação”, em que “um presidente tem que governar negociando individualmente com políticos ou com partidos que só querem vantagens pessoais e não pensam no país.”
Na gravação, o PSDB também disse que errou ao aceitar como “natural” a troca de favores individuais em prejuízo da “verdadeira necessidade do cidadão”.
Crise no PSDB
O PSDB está dividido sobre o apoio ao governo. No último dia 2, a Câmara rejeitou denúncia contra Temer, mas, dos 47 deputados tucanos, 21 votaram pelo prosseguimento do processo para o Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o PSDB comanda quatro ministérios: Relações Exteriores, Secretaria de Governo, Direitos Humanos e Cidades.
Apesar disso, algumas alas defendem que o partido deixe o governo. “Não quero entrar em questão interna do PSDB. É evidente que grande parcela do PSDB apoia o governo, por isso consigo fazer a coligação, a composição no governo daqueles que optam por nossas teses. O PSDB veio em função do programa, eles sabiam que eu ia levar esse programa adiante, como estou levando”, disse Temer na entrevista ao SBT. Jornal da Chapada com informações do G1.
Trecho da entrevista
https://tv.uol/16O3K