A chama viva de Woodstock, hoje legada aos festivais de música eletrônica, ilumina o pico mais alto do Nordeste entre os dias 2 e 11 de janeiro. As serras bucólicas do município de Piatã são o palco da décima edição do Festival Ressonar, que acontece todo ano na Chapada Diamantina. Destino de fãs da contracultura e do universo trance, o evento artístico reúne dezenas de atrações do Brasil e outros países para comemorar uma década de realização, sempre em períodos de lua cheia.
Quase duas mil pessoas são esperadas para a edição de 2018, que conta com uma nova estrutura de camping, praça de alimentação gourmet e três pistas de dança, além de espaços para a exibição de filmes, jogos cooperativos e palestras, na única cidade baiana onde faz frio no verão. Localizada num platô de 1,5 mil metros de altura, Piatã é conhecida por alguns dos melhores café do Brasil – degustados pela cúpula do Vaticano em 2015. O acesso ao Ressonar pode ser feito com segurança pelos aeroportos e rodoviárias de Salvador, Vitória da Conquista e Lençóis.
“O Ressonar é inspirado no Fusion, um festival conceituado da Alemanha”, conta o organizador do evento, Uirá Meneses. Filho de um produtor de festivais de rock que hospedou Janis Joplin em sua visita à praia de Arembepe, nos anos 1970, Uirá está levando adiante a tradição paterna. “Estamos nos consagrando como uma referência no universo dos festivais de música alternativos. Vamos receber um público com pessoas de mais de vinte nacionalidades, inclusive famílias”, ele conta.
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A responsabilidade ecológica é uma das prioridades da organização, que promove iniciativas como a instalação de banheiros secos e cercas ecológicas no local, distribui canecas recicláveis durante o evento e conta com o trabalho da Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral) para combater incêndios florestais na região. “Piatã é uma área de nascentes, com extrema relevância ambiental, por isso adotamos essas medidas como regra para o festival”, explica Uirá.
“Emancipação” é o lema da próxima edição do Ressonar, no sentido de amadurecimento da organização e da experiência que ele pretende proporcionar ao público, superando obstáculos como longas distâncias e a mudança de local. Realizado em Lençóis (BA) desde 2007, o Ressonar foi transferido para Piatã no ano passado. O novo local surpreendeu organizadores e público, na estreia, por melhorias significativas em termos de instalações, acampamento e espaços de convivência.
“Os moradores de Piatã receberam bem o festival e foram muito acolhedores com os ressonantes na última edição”, lembra Uirá. A cidade de 20 mil habitantes, com três hospedarias e uma rodoviária de porte médio, tem atrativos turísticos que podem ser visitados durante o evento. O Pico do Barbado (o mais alto do Nordeste), que está a 40 km do centro e chega a 2 mil metros de altura; as Cachoeiras do Patrício e do Cochó; e as fazendas de café são alguns atrativos do turismo local. Para hospedagem no centro do município, as reservas precisam ser feitas com antecedência, em pousadas ou casas para alugar, pois a procura deve aumentar consideravelmente no período do evento.
Outra opção para quem prefere não acampar no festival é se hospedar em Lençóis, a 180 km, de onde sairão vans diariamente, por estradas em boas condições (BR 242 e 122). A oferta de hotéis, pousadas e hostels, além de restaurantes e outros serviços turísticos, é maior em Lençóis, considerada porta de entrada para a Chapada Diamantina. O percurso, no entanto, é de pelo menos duas horas até o festival. O público esperado é de 1,5 mil a duas mil pessoas na próxima edição.
Sobre o Ressonar
Produzido a cada ano na lua cheia de janeiro, o Ressonar nasceu de uma rede de conhecidos grupos de artistas, místicos, ambientalistas e realizadores que juntando seus ideais e fantasias decidiram criar um festival na Chapada Diamantina. Site: http://ressonar-festival.com.br/. As informações são de assessoria.