Com o objetivo de facilitar o desenvolvimento das plantações em regiões secas e evitar o desperdício de água, 11 estudantes do curso técnico de nível médio em Manutenção e Suporte em Informática, do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) Bacia do Jacuípe, localizado em Ipirá, desenvolveram o projeto ‘Tecnologia sustentável: irrigação automática inteligente’.
De acordo com os estudantes, a ideia surgiu a partir da constatação da necessidade de equipamentos agropecuários que poluam menos e desperdicem menos recursos naturais, fazendo com que os pequenos agricultores não percam as suas lavouras ou tenham que produzir menos por conta da escassez de água, causada pelo longo período de estiagem.
Para o desenvolvimento do projeto, o grupo utilizou uma placa de Arduíno, que é uma plataforma, a partir da qual foi criada uma ‘horta inteligente’. O sistema tem a capacidade de captar a variação de umidade do solo através de um sensor de umidade, que serve para que a irrigação seja ligada apenas quando o solo estiver seco – a partir do acionamento de uma bomba, jogando a água para os canos de irrigação acionado – e seja desligada quando o solo estiver úmido o suficiente.
“A nossa horta inteligente é de baixo custo e produtiva, fazendo com que a maioria das funções, como irrigar, tragam mais autonomia aos agricultores, que podem produzir mais, e não têm que se preocupar com as lavouras, pois estará sendo monitorada eletronicamente”, explica a estudante Marine Gonçalves.
Inovação
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, ressalta que a secretaria tem estimulado o desenvolvimento de projetos com foco na melhoria da vida das pessoas. “São projetos inovadores que revelam o potencial dos estudantes da rede estadual para a inovação e o empreendedorismo, sempre com foco no social, na resolução de problemas das comunidades onde as escolas estão inseridas”, destaca.
Neste ano, o sistema de irrigação automática será implantado na horta comunitária do Cetep, a partir do hardware Arduíno, que, conforme os estudantes, demonstrou ser uma alternativa e possível solução acessível para a prática e manutenção da agricultura, principalmente no Sertão nordestino, que sofre perdas de produção significativas impactando economicamente a vida dos que dependem da agricultura para sobreviver.
Para o desenvolvimento do projeto, os participantes realizaram pesquisas bibliográficas e discussões baseadas nas pesquisas. “Tivemos a oportunidade de aplicar a teoria que aprendemos em sala de aula na prática e esta foi uma experiência muito rica para todos nós”, acrescenta Marine Gonçalves, que atuou em equipe junto aos colegas Aleciane Mascarenhas, Aline da Silva, Amanda Fernandes, Andressa Figueredo, Daniel Silva, Gabrielle Rocha, Gilvania Souza, Hilton Souza, Michele dos Santos e Paulo Henrique da Silva. As informações são da SEC.