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#Bahia: Mulheres ocupam fazenda da Suzano e exigem desapropriação em Teixeira de Freitas

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As trabalhadoras denunciam os impactos ambientais causados pelo monocultivo do eucalipto e a crise hídrica na região | FOTO: Divulgação/MST |

A Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra no Extremo Sul da Bahia continua a todo vapor. Após ato político e escracho realizado em frente a fábrica da Suzano Celulose e Papel, na manhã da última segunda (5), em Mucuri, cerca de mil trabalhadoras ocuparam, no mesmo dia, a fazenda Céu Azul. A fazenda, que também pertence a Suzano, está localizada no município de Teixeira Freitas e contém mais de 1,2 mil hectares de eucalipto plantado. A área é uma reivindicação antiga do MST. No mês de abril de 2012, a fazenda foi ocupada pela terceira vez pelos Sem Terra e os governos do Estado e Federal se comprometeram em assentar cerca de mil famílias, porém o acordo não foi cumprido.

Desta vez, as mulheres ocupam a área e não tem previsão de saída. As lutas das mulheres no extremo sul baiano denunciam os impactos ambientais causados pelo plantio do eucalipto na região, a crise hídrica sofrida pelos trabalhadores do campo e da cidade e diz não a expansão dos monocultivos e às sementes transgênicas. Com um acampamento montado dentro área, as Sem Terra exigem a desapropriação imediata.

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Jornada Nacional
Para Eleneuda Lopes, da direção estadual do MST, o caráter da jornada das mulheres no extremo Sul do estado carrega consigo a ideia da luta permanente contra o capital e, para isso, é necessário intensificar o enfrentamento ao agronegócio. “Esse ano estamos em luta contra o programa neoliberal do governo Temer que tem entregado as riquezas do povo para ampliar a exploração do trabalho, atingindo de maneira direta nossa soberania nacional”, explica Lopes.

A ocupação se soma as diversas lutas protagonizadas pelas trabalhadoras em todo país, do campo e da cidade, para barrar o governo golpista de Michel Temer (PMDB) e os retrocessos políticos implementados a partir de sua pasta. Com o lema “Quem não se movimenta, não sente as cadeias que o prendem”, a Jornada na Bahia denuncia as privatizações, a violência, os latifúndios improdutivos. As informações são do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia.

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