Com os melhores ventos e o melhor potencial solar do país, a Bahia tem motivos a comemorar nesta terça-feira (29), Dia Mundial da Energia. O estado tem se destacado no investimento em energias renováveis, foram quase R$ 9 bilhões nos últimos três anos, e hoje ocupa o 1º lugar na geração de energia solar e 2º em eólica. De acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a projeção é que até o final de 2019 dobre o número de parques eólicos em funcionamento e a Bahia seja também líder na geração eólica, ultrapassando o Rio Grande do Norte. Serão mais de 200 parques espalhados pelo interior do estado, onde o potencial de geração pela força dos ventos é maior.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE), Luiza Maia, os ventos constantes e os excelentes níveis de radiação solar farão da Bahia referência na geração de energias renováveis. “O Governo do Estado tem desenvolvido uma política de atração de investimentos através de incentivos fiscais. Participa de feiras e eventos internacionais, promovendo a Bahia e subsidiando o setor com informações pertinentes, buscando atrair novas empresas e indústrias, promovendo o desenvolvimento econômico e gerando empregos. Além disso, atua junto a outros órgãos como CDA, Inema e Iphan buscando dar celeridade aos processos de regularização fundiária, licenciamento e outorga”, afirma a secretária.
Investimentos
Nos últimos três anos, foram implantados na Bahia 71 parques eólicos com uma capacidade instalada de 1,7 GW. Foram investidos R$ 6,7 bilhões e criados mais de 26 mil empregos. Os projetos movidos pelos ventos começaram a ser implantados no estado em 2012 e atualmente já são 102, totalizando uma capacidade instalada de mais de 2,5 GW. A previsão é que sejam investidos mais de R$ 10,7 bilhões na construção de 132 parques, com a geração de mais de 42 mil empregos e uma potência instalada de 2,8 GW. A cadeia produtiva de eólica está consolidada e gera mais de 3 mil empregos nas unidades industriais dos principais fabricantes de equipamentos do setor.
Já o setor solar, implantou 16 empreendimentos totalizando 443 MW de potência, com investimentos de R$ 2,2 bilhões e geração de mais de 13 mil empregos. No total são 18 empreendimentos com 446 MW de potência. O primeiro projeto solar do estado foi o Estádio de Pituaçu, primeiro da América Latina a utilizar o sistema de geração fotovoltaica. A inauguração ocorreu em abril de 2012. A previsão é que sejam instalados mais nove empreendimentos com 244 MW de potência, geração de mais de 7 mil empregos e quase R$ 1 bilhão em investimentos.
Atlas Solar
Há uma semana, o estado ganhou mais um instrumento para atração de investimentos, o Atlas Solar da Bahia, que inclui o mapeamento, identificação e detalhamento das áreas promissoras para o aproveitamento solar, assim como a apresentação de áreas de interseção entre as fontes de geração eólica e solar do Estado que favorece a instalação de parques híbridos que façam uso de novas tecnologias atualmente em desenvolvimento.
“As fontes solar e eólica se complementam no regime diurno e noturno, respectivamente. A geração simultânea, com o uso das duas tecnologias, torna possível reduzir a variação no fornecimento de energia, se comparada com a geração de uma delas isoladamente. A proximidade das usinas permite otimizar o uso de subestações e a rede de transmissão. Esses avanços permitem que usinas solares compartilhem os mesmos inversores e transformadores dos aerogeradores”, destaca Paulo Guimarães, superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da SDE. As informações são da SDE.