A discriminação de pobres e pretos nos shopping centers de Salvador é prática comum e cotidiana, que precisa ser combatida, disse o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB), em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (13). Ele citou o caso do segurança que tentou impedir um menino de comer em um dos restaurantes do Shopping da Bahia, na última segunda-feira (11), mesmo com um cliente dizendo que iria pagar pela alimentação da criança. O segurança tentou expulsar a criança do local, mas foi impedido pelo cliente, com apoio de outras pessoas.
O episódio foi gravado em vídeo que circulou pela internet, gerando protestos em toda parte. As imagens mostram o segurança impedindo o acesso da criança ao balcão do restaurante e empurrando-a, enquanto diz que este era o seu “serviço”. Geilson observou que, ao empurrar e tentar expulsar o menino, o segurança revelou a orientação que recebera de seus chefes: crianças pobres e pretas não podem frequentar o Shopping da Bahia e muito menos sentar nas mesas de sua praça de alimentação para comer, mesmo que a comida tenha sido paga.
Segundo o deputado, o pedido de desculpas apresentado pelo shopping, em nota emitida após a enorme repercussão do episódio, “é muito pouco diante da gravidade do caso”. Ele instou entidades de defesa dos direitos humanos a adotarem providências para coibir a prática discriminatória, “pelo bem das crianças pobres e pretas da Bahia, que muitas vezes sequer têm a real dimensão do preconceito de que são vítimas”. As informações são de assessoria.
Vídeo divulgado em redes sociais
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