Foi realizada a segunda oficina do projeto ‘Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras’, no município de Itaetê, no início de julho. O encontro, realizado no assentamento rural Rosely Nunes, teve como objetivo consolidar, de forma participativa, um diagnóstico do turismo de base comunitária do município. Na ocasião, também foi apresentado o resultado do inventário dos atrativos, equipamentos e serviços turísticos oferecidos no local.
A pesquisa levantou cerca de 120 itens, como cachoeiras, restaurantes, casas de cultura, meios de transporte e hospedagem. A partir desses dados, os mais de 30 participantes da oficina elaboraram uma série de recomendações para o desenvolvimento da atividade econômica voltadas para os atrativos naturais e culturais da região; artesanato; culinária; condução de visitantes; transporte e hospedagem.
Para o consultor do projeto, Rogério Mucugê, Itaetê possui grande potencial para se consolidar no cenário turístico baiano. “Além de cachoeiras, como a Encantada, e cavernas, como o Poço Encantado, o município se destaca pela sua cultura rural de raiz. Conforme o turismo vem se desenvolvendo, comunitários estão se tornando prestadores de serviço sem deixar de lado sua origem na agricultura familiar.” Aspecto que só enriquece a Chapada Diamantina procurada, internacionalmente, por suas cachoeiras, paisagens e recantos”, destaca.
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A professora Gerlane Bernardina dos Santos, moradora do assentamento Rosely Nunes, também acredita que a região reúne condições necessárias para a realização do turismo, mas ainda é preciso fortalecer a organização interna e coletiva das pessoas que oferecem os serviços. “Acredito que o projeto irá nos ajudar nessa comunicação, pois já existem as iniciativas que podem ser mais bem articuladas”, explica.
O projeto dá continuidade a iniciativas de fomento ao turismo de base comunitária já realizadas em Itaetê, como o de qualificação de mão de obra executado pelo INCRA, nos anos de 2008 a 2013. Por isso, o seu principal objetivo é usar o que já existe no município e, então, elaborar um roteiro para ser oferecido a turistas, agências e operadoras de turismo. As recomendações feitas nesta oficina finalizam a primeira etapa do projeto e serão usadas para subsidiar a criação do produto turístico.
O projeto
O projeto está dividido em três etapas: produção de inventário e diagnóstico do turismo local; elaboração do produto e comercialização. Todas as suas ações estão sendo realizadas com base em metodologias participativas, por meio do diálogo e da consulta dos atores locais. O projeto foi aprovado pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina em edital lançado pelo ICMBio, no ano passado, destinado as unidades de conservação (UCs) federais, com o intuito de fortalecer ações voltadas ao desenvolvimento do turismo nas comunidades vizinhas ou residentes nas unidades. Ele possui duração de seis meses e a próxima oficina será realizada ainda no mês de julho. As informações são do ICMBio.