A comunidade do Alto Vermelho, zona rural de Itaberaba, é composta por 1,3 mil pessoas, que exercem diversas profissões. Mas uma parte vive da agricultura e, principalmente, das vendagens à margem da rodovia. Legumes, verduras, e claro, abacaxi, fazem parte da gama de produtos comercializados por mais de 20 barraqueiros. O comércio informal compõe a renda de dezenas de famílias. É lucrativo, já que a BA-233 é bastante movimentada, via de acesso a várias cidades e de escoamento para transporte de diversas cargas.
Porém, o negócio funciona de forma irregular. Para realizar atividades econômicas às margens da BA é preciso autorização do Governo do Estado. Ciente da importância dessa renda para essas famílias, e o que ela representa, o prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas (PSB), foi em busca da liberação para os barraqueiros.
“É preciso ser sensível à cultura dessas pessoas, ao modo de vida delas. Vender na beira da rodovia é uma alternativa honesta enquanto o emprego não vem, ou na falta dele. E precisamos fortalecer nosso povo e promover a sustentabilidade, de forma a coibir a violência e criminalidade, oferecendo opções de trabalho às pessoas”, salienta o prefeito ao Jornal da Chapada.
O governo do Estado acatou o pedido do gestor e liberou 20 alvarás para que essas pessoas possam trabalhar de forma legal e regular. A prefeitura, complementando a ação, já providenciou a confecção de lonas padronizadas para todos eles. “Após 18 anos, trabalhando de qualquer jeito, sem orientações e à mercê de uma ação por parte do Estado de apreensão das mercadorias, agora sim os barraqueiros do Alto Vermelho podem respirar aliviados”, garante Ricardo Mascarenhas.
Jornal da Chapada