Uma semana após a aplicação da segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo Brasil, a vereadora Lorena Brandão (PSC), em vídeo gravado nas suas redes sociais, repudiou a inclusão de algumas questões que fizeram parte do quadro das avaliações. Entre elas, a questão que fazia referência à dialetos homossexuais. O Enem, criado pelo Ministério da Educação em 1998, é a principal avaliação de desempenho escolar e acadêmico da educação básica no Brasil de estudantes oriundos dos ensinos público e particular. Ele é a porta de entrada para instituições de ensino superior, onde mais de 90 milhões de brasileiros já se inscreveram neste exame.
Para a vereadora, que também é professora universitária, é inaceitável que questões com esses conteúdos tenham passado pela análise da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Não entendo como essas questões, que são absolutamente estúpidas, podem avaliar um estudante para ser um universitário. Oras, se há tantos critérios, eu, como professora, peço que simplesmente eles sejam obedecidos, mas de ordem a estarem em consonância com matrizes de competências e habilidade promovidos no BNCC”, brada Lorena. Ainda no vídeo, a socialista cristã enfatiza que o exame é porta de entrada para 1435 universidades e instituições de ensino no Brasil e 35 em Portugal, salientando que na construção das provas existe um processo seletivo “rígido”.
“Lança-se um edital, esse edital credencia pessoas, essas pessoas passam por um processo seletivo; eles são chamados de colaboradores, que são selecionados por ‘perfis’ que passarão a compor um banco de dados de pessoas. Depois disso há uma capacitação em critérios estabelecidos no guia de elaboração e revisão de itens que são questões”, explica. Lorena ainda reiterou que entrará com uma moção de repúdio contra essas questões e que pedirá ao presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) maior critério para elaboração das avaliações do próximo ano. As informações são de assessoria.