Fim das gratificações aos professores, reforma administrativa com redução do repasse para o Planserv, aumento da contribuição do servidor público para a Previdência e extinção de alguns órgãos públicos. Esses são alguns pontos criticados pelo vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), ao que chamou de “pacote extremamente perverso” do governo da Bahia. Nesta sexta-feira (14), durante seu programa diário na TV Baiana, o edil petista disse que há outros meios de resolver a crise financeira do Estado. Ele ainda sugere que o PT assuma uma postura diferente em relação aos cortes de funcionários que deve fazer por conta de dívida de campanha.
“Não podemos seguir o mesmo passo do governo. Esse pacote é extremamente perverso para o trabalhador e para a trabalhadora. Mesmo a gente compreendendo que o governo precisa fazer alguns ajustes, existem outras maneiras de conter as demissões, é só cortar de quem ganha muito dentro do governo”, salienta. Sobre o PT, Suíca diz que a informação é que o partido saiu com dívida da campanha eleitoral e que vai fazer redução na folha de pagamento. “A minha sugestão é que faça uma redução no pagamento dos dirigentes que recebem salários. Está na hora dos dirigentes mostrarem que são dirigentes mesmo. Um exemplo disso é o que o Sindlimp fez. Ao invés de demitir funcionários – os diretores têm feito a função sem remuneração. E eu acho que é essa a forma, liderança é isso”, declara.
Suíca também lembra que as últimas decisões do governador Rui Costa (PT) vão contra o trabalhador, e que não aceita como tudo tem sido tratado. “O servidor público está indignado. São quase quatro anos sem reajuste nos salários e agora uma coleção de decisões que vão prejudicar mais ainda o trabalhador. Centenas de servidores estaduais estiveram na Assembleia Legislativa da Bahia em protesto contra a reforma administrativa proposta pelo governador. Ela foi votada e aprovada depois de uma sessão turbulenta”, completa. Entre os pontos dessa reforma, estão a redução do repasse para o Planserv de 4% para 2%, o aumento da contribuição do servidor público para a Previdência de 12% para 14% e a extinção de alguns órgãos públicos – como a Conder.