A Bahia se mantém, há dois anos, em segundo lugar no ranking de atração de negócios do país. Na contramão da crise econômica que devastou o Brasil, a Bahia atraiu 403 novos empreendimentos em 2018, todos já em fase de implantação ou ampliação. Juntos, devem gerar R$ 40 bilhões em investimentos para o estado e uma oferta potencial de 40 mil empregos diretos até 2020, conforme protocolos de intenções assinados com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE).
O maior destaque ficou com os segmentos de Energias Renováveis e Gás, com 160 empresas implantadas e previsão de R$ 38,5 bilhões injetados na economia baiana. O setor alimentício também ganhou protagonismo, com 17 empresas em ampliação, seguido pelos setores de Plástico e Borracha e, em terceiro, Comércio e Serviços.
No ramo de Energia, os bons ventos e o sol tornaram a Bahia o principal assunto nacional. O estado é campeão em produção de energia solar fotovoltaica e, até o início de 2019, se tornará líder também em eólica, ultrapassando o Rio Grande do Norte. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a diferença é de apenas três parques. A chegada da Engie Brasil Energia foi decisiva para este salto, com parques instalados nos municípios de Sento Sé e Umburanas. Foi injetado R$ 1,6 bilhão em investimento e abertos 5,4 mil postos de trabalho.
De acordo com o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, “o próximo passo será ampliar o Complexo Campo Largo, que já tem investimento viabilizado por meio da assinatura de mais de 60 contratos de comercialização de energia com clientes no Mercado Livre”.
O setor de Comércio e Serviços foi expandido, principalmente, pelo grupo Atakarejo com a implantação de uma das suas unidades em Camaçari. Lá, já foi iniciado o processo de seleção para empregar 500 trabalhadores. “O estado colhe o que plantou ao longo desses últimos 4 anos. Preocupado em manter um ambiente seguro e estável para os investidores, o governo deu ênfase na interiorização do desenvolvimento econômico, sobretudo nas regiões mais áridas da Bahia”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico, Luiza Maia.
Arranjos Produtivos
Novos projetos implantados pela SDE, como a criação dos Núcleos de Arranjos Produtivos Locais (NEASPSIL), beneficiaram cadeias produtivas dos setores de bens e serviços industriais, a exemplo das Confecções. “Esses arranjos produtivos ajudam 900 pessoas do Condomínio Bahia Têxtil, que possui 18 indústrias no bairro do Uruguai, em Salvador. Ele permite que as compras sejam feitas em conjunto, em grande quantidade, barateando a matéria prima, como linhas e botões, assim como também ajuda na venda dos produtos fabricados”, explica Loyola Neto, presidente da APL Bahia Têxtil.
Em 2018, o Plano de Desenvolvimento Integrado 2035 (PDI) também começou a ser implementado. Foram realizadas escutas em Salvador e no interior do estado para atender às necessidades da população e, assim, iniciar a implantação de novos projetos que levem o desenvolvimento através da agricultura familiar, economia solidária e tecnológica, infraestrutura e logística, numa primeira etapa. Os 27 territórios de identidade serão contemplados com ações que respeitam suas vocações, potencialidades e oportunidades.
“Foram muitas lutas e conquistas neste ano. Soubemos aproveitar as oportunidades e encerramos o ano comemorando os números que superaram a atração de negócios de 2015 em 49% e de 2017, em 212%. Isto é um marco para a economia do nosso estado”, destaca Luiza Maia. As informações são de assessoria.