O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) postou há pouco, nesta quinta-feira(24), uma mensagem no Twitter em que se despede do Brasil com a seguinte mensagem: — Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé!
Jean Wyllys postou junto o link de uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, na qual explica que resolveu deixar o Brasil devido a intensificação das ameaças de morte. A situação teria piorado após o assassinato da verereadora Marielle Franco, também do PSOL, em março de 2018.
Ao jornal, outro ponto que pesou na decisão do parlamentar foi a notícia de que familiares do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega trabalharam no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro: — Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário. O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim.
Jean Wyllys contou ao jornal uma conversa que teve com o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, que o incentivou a deixar o país: — O Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar. Jean Wyllys está em férias no exterior, não deve retornar ao Brasil e irá desistir do mandato. A coluna tenta contato com o deputado. As informações são da Gazeta Gaúcha.
Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé! ✊ https://t.co/Xy6SyDNXDy pic.twitter.com/Tf6SGmZFHq
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) 24 de janeiro de 2019