A mineradora Vale estimou quantas pessoas morreriam e qual seria o custo caso ocorresse um colapso na barragem Córrego Mina do Feijão, em Brumadinho (MG). Essas informações estão em um documento interno da mineradora, segundo noticiou a Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (13).
O documento com essas projeções, chamado de ‘Resultados do Gerenciamento de Riscos Geotécnicos’, está com o Ministério Público de Minas Gerais, que entrou com uma ação civil pública e pede a adoção de medidas imediatas a fim de que novos desastres sejam evitados em outras barragens da Vale.
O relatório em posse do MPMG aponta que mais de 100 mortes poderiam ocorrer em um eventual colapso. Ao menos 165 pessoas perderam a vida e 155 continuam desaparecidas com o rompimento da barragem no dia 25 de janeiro.
Manutenção
Na ação, a mineradora se defendeu e alegou que o relatório aponta quais as barragens receberam recomendação de manutenção. Isso já era providenciado pela empresa. A Vale também estimou em US$ 1,5 bilhão os custos com um possível colapso da barragem de Brumadinho, com base no documento.
Já as eventuais causas para um desastre seriam erosão interna ou liquefação. A Folha de S.Paulo procurou a Vale para falar sobre esse relatório. A mineradora respondeu que o documento é elaborado por técnicos que “consideram, necessariamente, cenários hipotéticos para danos e perdas”. As informações são do site Metrópoles e dados da Folha de S. Paulo.