Ícone do site Jornal da Chapada

#Brasil: Júri popular simulado absolve Carlos Marighella em evento da Defensoria Pública da Bahia

RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 31-07-1964: Carlos Marighella, deputado federal, líder comunista e fundador da Ação Libertadora Nacional, que morreu assassinado em emboscada preparada pelo DEOPS (Departamento de Ordem Política e Social) no dia 04 de novembro de 1967. (Foto: Braz Bezerre/Agência Jornal do Brasil) *** NÃO UTILIZAR SEM ANTES CHECAR CRÉDITO E LEGENDA***

capa
A defesa de Marighella foi feita pelo defensor público Raul Palmeira, já a acusação foi interpretada pelo defensor público Henrique Bandeira | FOTO: Divulgação/JB |

Um júri popular simulado promovido pela Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) na última quarta-feira (14) absolveu o guerrilheiro Carlos Marighella. O baiano foi interpretado pelo ator Fábio de Santana, do Bando de Teatro Olodum. Ele foi considerado o inimigo número um da ditadura militar e foi morto em uma emboscada por agentes do Estado. A defesa de Marighella foi feita pelo defensor público Raul Palmeira, já a acusação foi interpretada pelo defensor público Henrique Bandeira. Ao defensor público André Cerqueira Lima, coube o papel de juiz.

“Muito interessante que a cada momento vão acontecendo coisas novas. Aqui mesmo, em 2011, Marighella foi julgado pela Comissão de Anistia e foi anistiado com toda a pompa e circunstância. Porém, esse julgamento de hoje foi muito mais emocionante. Foi algo que me fez refletir e acho que provou para todo mundo aqui como Marighella foi espezinhado. Aquela infâmia toda que se propagou sobre ele foi exposta. Eu, como familiar e militante, acho que serviu muito para aplacar toda essa dor que toda a família sentiu pelo tratamento que ele teve”, disse o filho de Marighella, o advogado Carlos Augusto Marighella.

O ator Fábio de Santana afirmou que foi uma “honra” interpretar Marighella. “Foi desafiador e prazeroso dar vida a Marighella, que é um ícone de luta e resistência do povo brasileiro”, declarou. Em sua fala, o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo, destacou que a Defensoria Pública como agente transformador social tem por obrigação institucional fazer com que determinados assuntos sejam colocados na ordem do dia: “É importante para a Instituição trazer esse tema à baila para que possamos conhecer mais da história, compreendê-la e não cometer na atualidade os equívocos que outrora foram cometidos”. Jornal da Chapada com informações de Bahia Notícias.

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas