Quatro jovens de escola de elite são acusados de estupro de uma criança de 8 anos no banheiro da instituição de ensino em João Pessoa, na Paraíba. Por se tratar de um crime que envolve filhos de famílias ricas, a mídia local tem abordado o caso com cautela extraordinária e omitido informações. Três adolescentes foram apreendidos pela Polícia Civil de João Pessoa na última segunda-feira (11) por causa do crime. Um quarto envolvido ainda está foragido.
Os abusos sexuais aconteciam no banheiro do Colégio Geo Tambaú, uma das mais famosas escolas da elite da capital paraibana. Os autores do crime têm idades entre 14 e 17 anos e foram apreendidos em Manaíra e Tambauzinho, bairros nobres da cidade. Todos foram encaminhados para o Centro Educacional do Adolescente (CEA). O quarto adolescente que teria participação nos abusos e permanece foragido não teve a idade revelada.
As apreensões foram realizadas a partir de um mandado judicial. O caso aconteceu em maio de 2018 e, desde então, há um processo que tramita em segredo de Justiça e só agora foi revelado. Por se tratar de um crime que envolve filhos de famílias ricas e uma instituição de ensino de renome, a mídia local tem abordado o caso com cautela extraordinária. Alguns portais de notícias omitiram, por exemplo, o nome da escola onde o estupro aconteceu.
“A família da criança, que tinha oito anos na época do caso [hoje está com 9], trouxe o caso até a polícia. O caso foi para o âmbito judiciário e foi determinada a apreensão dos quatro adolescentes envolvidos”, explicou Roberta Neiva, delegada responsável pelo caso. A delegada informou ainda que os adolescentes devem responder pelo ato infracional semelhante ao crime de estupro. Roberta Neiva também disse que não pode revelar muitos detalhes devido à natureza do ato infracional, e nem a idade do jovem que ainda não foi localizado, em virtude da polícia ainda estar em diligências.
Repercussão
O caso repercute fortemente em João Pessoa e pais e mães têm se manifestado através das redes sociais. “Onde a gente menos espera que pode acontecer uma coisa dessas, por imaginarmos ser um lugar seguro, eis que a vida nos mostra como somos ingênuos”, escreveu uma internauta.
“Por que a maioria dos jornalistas paraibanos não divulgam o nome do colégio onde a criança foi estuprada? O colégio foi o GEO Tambaú. Bando de jornalistas fracos, sem compromisso com a sociedade. Tão com o rabo entre as pernas! Muitos jornalistas paraibanos só sabem arriar as calças para políticos que os compram”, protestou outro.
“Tudo filhinho de papai. Egoístas e mal educados que deveriam passar o resto da vida na cadeia. Mas como são endinheirados, logo mais estarão nas ruas”, desabafou mais uma usuária. Jornal da Chapada com informações de Pragmatismo Político.