Após decretar a morte do Rio Paraopeba, por causa da lama de rejeitos que desceu da Barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte (Minas Gerais), a Fundação SOS Mata Atlântica alerta para a contaminação do Rio São Francisco. Um levantamento feito, entre os dias 8 e 14 de março, comprovou que contaminantes mais finos estão passando pela barreira da hidrelétrica de Retiro Baixo, em Felixlândia (a 193 km de BH), e seguem descendo até a represa de Três Marias (a 271 km de BH), que deságua no Velho Chico.
O estudo, segundo o biólogo e educador da fundação Tiago Félix, tem o objetivo de esclarecer as dúvidas da população. “Diversos setores da sociedade nos perguntavam sobre o rio São Francisco. Diante dos questionamentos, decidimos analisar o impacto na região para informar a sociedade”. Segundo os dados, nove dos 12 pontos analisados entre Felixlândia e Pompéu, no ponto onde o Rio Paraopeba deságua no Rio São Francisco, já estão com água imprópria para o consumo da população.
Em alguns pontos, a falta de transparência da água, chamada de turbidez, está até seis vezes maior do que o permitido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente. Metais como ferro, manganês, cromo e cobre também apresentam concentração acima do permitido pela legislação. As informações são do R7.