Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (10), pela continuidade da greve. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), os docentes demonstraram indignação com as posturas do governo que, de acordo com ele, “vem tentando confundir informações e colocar a opinião pública contra os professores”.
Durante a assembleia, a coordenadora da Aduneb, Ronalda Barreto, fez o repasse de uma reunião ocorrida, nesta manhã, entre as representações docentes, deputados da Assembleia Legislativa e representante da Secretaria de Relações Institucionais. Embora não tenham apresentado nenhuma proposta concreta, os políticos acenaram com a possibilidade de serem os mediadores entre o movimento grevista e o governo. Os docentes ainda decidiram intensificar as estratégias de mobilização e protesto.
Entre os fatos que aumentaram a indignação dos professores está a decisão do governador da “liberação imediata” de R$ 36 milhões para ser repartido entre as quatro instituições de ensino. Mas, segundo a Aduneb, o orçamento não significa um acréscimo, mas uma antecipação de um recurso que já pertencia à Uneb e está previsto no atual orçamento.
Os professores refutaram também a afirmação do governo de que houve um crescimento da folha de pagamento dos servidores em 19,35% nos últimos quatro anos reafirmam. Segundo eles, o último aumento real, ou seja, acima da inflação, ocorreu apenas em 2013. Já o pagamento da recomposição da inflação é negado aos servidores públicos desde 2016. “O percentual informado pelo governo é decorrente apenas dos incentivos de pós-graduação (um direito da categoria) e, resultantes de vagas por falecimentos, aposentadorias ou exonerações que foram usadas para as poucas promoções”. As informações são do site BNews.
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