O discurso mais contundente contra o projeto de lei apresentado pelo governo Bolsonaro em busca de diminuir punições aos infratores das regras de trânsito foi por uma aliada sua, a deputada federal paranaense Christiane Yared (PL). Ela criticou, durante sessão na semana passada, a suspensão de multas para quem não transportar crianças em cadeirinhas.
“Quanto custa uma cadeirinha? Eu não sei o valor de uma cadeirinha, mas sei o valor de um terreno no cemitério. Eu sei quanto custa um caixão, eu paguei o caixão do meu filho. Eu sei quanto custa choro, flores”, disse Christiane. Seu filho, Gilmar Souza Yared, foi morto em 2009, após o carro do ex-deputado estadual José Carli Filho atingir o veículo em que estava. Na ocasião, exames apontaram que Carli Filho estava embriagado.
Em entrevistas, Christiane afirmou que Bolsonaro teve pressa em apresentar a proposta “no afã de mostrar que está fazendo alguma coisa”, mas disse que o presidente não fez isso “com a intenção de prejudicar a população brasileira”.
Para ela, além da obrigatoriedade do uso da cadeirinha, ela defende que exames toxicológicos para motoristas profissionais possam ser feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e afirma que é até favorável ao aumento de pontos na carteira de motorista, mas diz que é preciso fazer uma análise primeiro para saber qual aumento pode ser tolerado. Jornal da Chapada com informações do site Metrópoles.