Uma homenagem inusitada no Twitter oficial do Exército Brasileiro gerou repercussão no fim da segunda-feira (1). O aniversário de morte do major alemão Otto Maximilian foi lembrado por conta de ações de grupos de guerrilha contra o oficial. O detalhe, porém, é que Otto lutou pelo exército nazista alemão na Segunda Guerra Mundial.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo noticiou em 2 de julho de 1968, Otto chegou a ser condecorado por Adolf Hitler e permaneceu no Exército depois do fim da guerra. A publicação do Exército explica que o major estava no Brasil para participar de um intercâmbio de estudos militares, além de “apresentar ao mundo o valor do Exército da Alemanha, tentando desfazer a imagem negativa deixada na 2ª Guerra Mundial”.
Ele teria chegado ao País em 1966. No entanto, o major teria sido confundido com o boliviano Gary Prado, que participou da captura de Che Guevara e também fazia o curso, e foi morto pelo Comando de Libertação Nacional (Colina), um grupo guerrilheiro brasileiro.
O texto divulgado fala ainda que Otto foi “um sobrevivente da 2ª Guerra Mundial e das prisões totalitárias soviéticas, cuja vida foi encurtada por um ato terrorista insano e covarde”. A repercussão da homenagem não foi positiva para o Exército, que foi acusado de homenagear um adepto do nazismo, e não se posicionou sobre os apontamentos feitos. As informações são da Revista Carta Capital.
Em um intervalo de 5 dias, no ano de 1968, o soldado brasileiro Kozel e o major alemão Otto Von Westernhagen foram vítimas de ações terroristas. Relembramos que ajudamos a derrotar as forças nazistas durante a II Guerra Mundial e enfrentamos o terrorismo durante a Guerra Fria. pic.twitter.com/mT7u9C0kzG
— Exército Brasileiro (@exercitooficial) 2 de julho de 2019