A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, confirmou na última quarta-feira (3), que o Reino Unido devolveu 16 contêineres de frango do Brasil em um intervalo de 15 meses por causa da presença da bactéria salmonela. Além desses, outro contêiner foi devolvido por problema na temperatura da carne, totalizando cerca de 1,4 mil toneladas.
O caso foi relatado em reportagem publicada nesta quarta pelo site ‘Repórter Brasil’ em parceria com o jornal britânico ‘The Guardian’, que afirmam que o frango foi vetado entre abril de 2017 e novembro de 2018 e acabou sendo revendido no mercado brasileiro. Segundo a ministra, a decisão sobre o que é feito com o produto devolvido é do fornecedor e que o produto pode ser vendido no Brasil se atender aos critérios sanitários locais.
A reportagem informava que uma parte do frango brasileiro barrado nos portos britânicos foi exportada pelas duas maiores empresas brasileiras do setor: a BRF e a JBS, dona da Friboi e da Seara. A BRF afirmou, por meio de nota, que “cumpre as normas e exigências de qualidade estabelecidas na legislação brasileira e as determinações do MAPA [Ministério da Agricultura], e baseia sua atuação nos compromissos de segurança, qualidade e integridade”.
Já a JBS, também por meio de nota, disse que “segue estritamente os procedimentos determinados pela legislação e órgãos reguladores e esclarece que não há registro de ocorrências relativas ao tema mencionado pela reportagem”.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa as empresas exportadores do setor, afirmou que “a legislação sanitária brasileira é uma das mais exigentes do mundo e que o setor é inflexível em relação a proibir a comercialização de produtos de origem animal que apresentem riscos à saúde humana”. Jornal da Chapada com informações do site G1.