O governo da Bahia confirmou, na manhã desta sexta-feira (12), que a barragem do Quati, que fica na cidade de Pedro Alexandre, se rompeu. De acordo com a assessoria de comunicação do governo, técnicos avaliaram o local nesta sexta e constataram que houve rompimento. O Governo do Estado esclareceu, por meio de nota, que, inicialmente, houve o transbordamento da barragem, com rachadura nas laterais. No entanto, a pressão da água acabou provocando rompimento parcial do equipamento. Uma nova vistoria será realizada, na tarde desta sexta-feira, para verificar a extensão dos danos e a situação de barragens vizinhas ao Quati.
A água da barragem invadiu Pedro Alexandre e a cidade vizinha Coronel João Sá. A cidade de Coronel João Sá foi a mais atingida pela inundação, porque fica em uma altitude mais baixa que Pedro Alexandre. Cerca de 500 pessoas estão desalojadas. As fortes chuvas que caem na região aumentaram o volume de água do Rio do Peixe, que deságua na barragem. O percurso do rio entre as cidades de Pedro Alexandre e Coronel João Sá é cerca de 80 km.
Não houve registro de feridos, nem desaparecidos nas duas cidades. O prefeito de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral, chegou a publicar, nas redes sociais, um vídeo para alertar sobre o risco das pessoas continuarem nas casas que ficam às margens do Rio do Peixe. A água que vazou da barragem seguiu o curso do rio na tarde de quinta-feira (11) e chegou a Coronel João Sá. A barragem do Quati foi construída pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e entregue em novembro de 2000 à Associação de Moradores da Comunidade do distrito. Ela represa o Rio do Peixe para o período de estiagem.
Transtornos e prejuízos
A ponte que passa sobre o Rio do Peixe, em Coronel João Sá, na Bahia, ficou submersa e os bombeiros isolaram a área. Moradores ficaram mais de 18h “ilhados” e só começaram a transitar com a ajuda dos bombeiros, no final da manhã desta sexta. A água começou a escoar, também na manhã desta sexta-feira, mas ainda chove no município. Os prejuízos são muitos.
Casas cheias de lamas e com marcas de água até a metade das paredes. Assim como a ponte, as ruas de Coronel João Sá ficaram alagadas. Os moradores precisaram deixar as casas e estão alojados nas escolas municipais, que seguem com aulas suspensas. Conforme o prefeito Carlinhos Sobral, entre 100 e 150 famílias estão desalojadas. As informações são do site G1.
Vídeo divulgado