Os caminhoneiros iniciaram parcialmente uma paralisação autônoma em alguns pontos do país nesta segunda-feira (22). A categoria ficou insatisfeita com o tabelamento do frete que foi divulgado por resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última quinta-feira (18) e entrou em vigor no final de semana. Pressionado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse em mensagem enviada aos caminhoneiros que o governo vai revogar a tabela de fretes.
No áudio, obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, Freitas diz que o governo também comete erros e afirma que a suspensão da tabela ocorrerá a partir desta segunda. “A ideia é reavaliar a tabela. Mas nós somos humanos, temos nossos limites, a gente erra também”, disse Freitas na noite deste domingo (21) a um autônomo. “A ideia é fazer uma revogação aí, para que a gente possa voltar a conversar num ambiente de tranquilidade para construir uma solução.”
O ministro disse que vai dialogar com a ANTT e que a revogação pode sair até terça-feira (23). “A ideia é entre segunda e terça fazer isso, ganhar tempo para voltar a conversar numa situação de tranquilidade e tentar construir, acertar os pontos que acabaram incomodando a categoria. Nós queremos acertar, pode ter certeza disso”. Os caminhoneiros esperam fazer uma reunião de negociação com o governo na quarta-feira (24).
Os caminhoneiros querem um valor mínimo maior que o estabelecido pela tabela da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo. “Entre erros e acertos, tem que ficar o acerto. Creio que vai tentar refazer e que vai subir de novo o valor. Foi uma coisa muito errada não ter caminhoneiro presente na Esalq quanto estava elaborando essa tabela. Uma coisa é teoria, outra é a prática. O Brasil não pode ter outra paralisação como a de maio de 2018”, diz Josué Rodrigues, um dos líderes dos caminhoneiros autônomos. As informações são do Metro Jornal e do Estadão.