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Chapada: Conselho gestor da APA Marimbus-Iraquara passa a contar com membro da Sema como integrante

A elaboração do plano de prevenção a incêndios florestais da APA é uma iniciativa do próprio conselho gestor | FOTO: Divulgação |

Durante a décima reunião ordinária do conselho gestor da Área de Preservação Ambiental (APA) Marimbus-Iraquara, realizada na última sexta (6), no município de Lençóis, na Chapada Diamantina, foi aprovada por unanimidade a integração da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) ao Conselho Gestor da APA, que será representada pelo coordenador da Sema, Pablo Rebêlo.

“A participação da secretaria do Meio Ambiente no conselho gestor da APA Marimbus/Iraquara é de suma importância para possibilitar a construção coletiva de estratégias e políticas públicas voltadas à preservação do meio ambiente em seus diversos níveis, possibilitando ampliar e estreitar as relações entre Estado, sociedade civil, iniciativa privada e os mais diversos segmentos”, afirmou Pablo.

Na pauta da reunião, temas sensíveis como a escassez dos recursos hídricos e os consequentes conflitos pelo uso da água; a prevenção e o combate aos incêndios florestais, que se intensificam na região da Chapada nos meses de setembro a dezembro; e a promoção do geoturismo, como forma de gerar renda para as populações locais e promover o desenvolvimento territorial associado ao patrimônio biológico.

Para a representante da secretaria de Turismo da Prefeitura de Seabra, Silene Rosa de Souza, é necessário desenvolver estratégias para promoção de projetos sustentáveis voltados para o turismo. “Temos muito potencial para o turismo em nossa região, e a nossa contribuição no conselho é nesse sentido, estimular novas fontes de geração de renda, utilizando o patrimônio geológico, biológico e socioambiental, que integre o uso sustentável dos recursos naturais com o potencial socioeconômico que a Chapada oferece”, afirmou.

A conselheira Graça de Azevedo, produtora na região desde 1979, falou sobre a importância do aprendizado que o conselho oferece. “Eu e meu marido construímos uma calha em nossa propriedade que nos dá uma reserva de água de 30 mil litros em períodos de seca. Mas não é só o campo que precisa estar ciente dos seus direitos e deveres. A cidade precisa fazer a sua parte também, como a captação da água das chuvas e a reutilização da água nos jardins e banheiros, por exemplo. Temos hoje a tecnologia a nosso favor, com soluções fáceis e de baixo custo”, pontuou.

Na pauta da reunião, temas sensíveis como a escassez dos recursos hídricos e os consequentes conflitos pelo uso da água | FOTO: Divulgação |

Plano de ação de prevenção de incêndios florestais na Chapada Diamantina
Durante o turno vespertino, os conselheiros participaram da construção coletiva do plano de ação de prevenção de incêndios florestais na Chapada Diamantina, que deverá ser executado a partir de 2020, e revisado sempre que necessário. A elaboração do plano de prevenção a incêndios florestais da APA é uma iniciativa do próprio conselho gestor, e visa o fortalecimento da gestão local para as ações de prevenção, controle e combate aos incêndios.

O plano integra as ações do Programa Bahia Sem Fogo, e será replicado em outras Unidades de Conservação do estado. Ele irá abordar ações estratégicas para criação de uma rede de alerta, em parceria com rádios comunitárias, e alertas meteorológicos com informes sobre os períodos críticos de incêndios florestais; cursos em sistemas agroflorestais, como uma possível alternativa ao uso do fogo para pequenos produtores rurais; identificar e realizar aceiros em propriedades rurais visando a prevenção de incêndio; ações de sensibilização para caminhoneiros e empresas que contratam o serviço de transporte de carga e postos de combustível, sobre os riscos de incêndios; sensibilização de agentes de turismo local; criação de um fluxo de ação a ser seguido em situação de incêndio; entre outras ações.

Além dos representantes da Sema e do Inema, estiveram presentes conselheiros dos órgãos estaduais da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac); das instituições federais Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Instituto Federal da Bahia (IFBA); das prefeituras municipais de Seabra, Andaraí, Iraquara, Palmeiras e Lençóis.

Participaram também, membros do conselho representantes das associações comunitárias Vale do Cercado, Quilombola do Remanso, moradores de CS João, Riacho do Mel, Bairro Branco, Schubert, cortadores de Pedra do distrito de Afrânio, Sociedade Bahiana de Espeleologia, Fundação Chapada Diamantina, Associação Botânica, e Instituto Nascentes do Paraguaçu; e das empresas Bioenergia Orgânicos, Calcário Rio Preto, Lavoura e Pecuária Igarashi, Replace Consultoria Ambientais, Flora Comunicação, e as Pousadas Pouso da trilha e Vila Serrano. As informações são de assessoria.

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