A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News promoveu reunião na última quarta-feira (25) para votar 86 requerimentos que questionam o mau uso da internet como ferramenta para propagar notícias falsas, principalmente no contexto das eleições de 2018. Foi convocada a assessora da Presidência da República para prestar esclarecimentos sobre a campanha de Jair Bolsonaro à presidência.
Por solicitação da deputada Natália Bonavides (PT-RN), Rebecca Félix da Silva Ribeiro teve que prestar esclarecimentos sobre o seu trabalho de coordenação de mídia e produção de conteúdo publicitário, realizado para a campanha de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Ela trabalhou durante a campanha na casa do empresário Paulo Marinho, apoiador de Bolsonaro, que admitiu em entrevista ter atuado no disparo de informações falsas.
Os 86 requerimentos foram votados em bloco e de forma simbólica. O senador Flávio Bolsonaro (PSL) e deputados do seu partido questionaram a medida e tentaram barrar a sessão, mas foram derrotados por decisões do presidente do colegiado, Angelo Coronel (PSD-BA), e da maioria dos colegas. Eles saíram da reunião prometendo entrar na Justiça contra a decisão.
Foram convocados também representantes das empresas de telefonia Nextel, Claro, Oi, Tim e Vivo e de empresas de marketing, entre elas a Deep Marketing, a SMS Market e a Yacows Marketing, as duas últimas também solicitadas pela deputada Natália Bonavides. Essas empresas foram citadas em reportagens que revelaram o envio em massa de mensagens por WhatsApp durante as eleições. O representante do WhatsApp no Brasil também foi convocado pela CPMI, assim como os de Facebook, Twitter, Google e YouTube. Jornal da Chapada com informações de Revista Fórum.