Em um encontro com a Executiva nacional do partido em Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (14), que “não está livre”, mas sim “em processo de libertação provisória”. Também pediu que os aliados cuidem do “legado na Bahia”. “O PT tem que ter em conta que eu não estou livre. Estou em processo de libertação provisória. […]”, declarou, em discurso. “Ainda tenho fé que haverá justiça nesse país. Eles estão com dificuldade porque a Rede Globo criou esse monstro [processo do triplex] e eles não têm uma rota de fuga. Eles são responsáveis pelo Bolsonaro e estão com vergonha”, acrescentou.
Lula pediu atenção para que os adversários não destruam o legado da sigla. “Não podemos aceitar a ideia que eles tentam nos diminuir. Quando falamos no nosso legado é porque somos o único partido que temos um legado com orgulho. Vocês tomem conta do legado de vocês na Bahia”, ressaltou. “Esse partido faz parte da minha vida. Eu estou esperançoso da minha inocência. Eu tenho direitos e o PT têm que trabalhar muito o seu legado”, acrescentou.
O ex-presidente deixou claro que era contra o seu partido abrir mão de uma candidatura em 2018 para apoiar Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto. “O Ciro foi leal comigo no governo, tive uma boa relação com o Ciro. Agora dizer que o PT deveria ter saído para ele, que o Lula trabalhou para não deixar”, pontuou.
Lula voltou a atacar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Bolsonaro é um desses desastres que acontecem de vez em quando. Eu dúvido que ele acreditasse que seria eleito. Isso demonstra que a gente deveria se arriscar”, salientou. “Eu sai [da prisão] com muita vontade de brigar. Sinceramente, estou convencido – não é que estou mais radical – é que estou mais confiante. Eu sei que eles não querem que a gente exista. Sei que a disputa que eles querem é com algum tucano, talvez o Dória, e com o Huck”, emendou. Do site Bahia Notícias.