A operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que tem como alvo pessoas e endereços ligados ao policial aposentado Fabrício Queiroz está repercutindo na imprensa internacional nesta quarta-feira (18). Usando como mote o fato de Queiroz ter relações com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), jornais como o britânico The Guardian e o americano The New York Times repercutiram as buscas a apreensões que ocorreram no Rio de Janeiro e atingiram até a loja de chocolates finos do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).
O Guardian, que é um dos maiores jornais do Reino Unido, mantém a notícia sobre a operação entre suas manchetes principais nesta quarta. No texto, acompanhado de uma foto de Flávio ao lado do pai (imagem em destaque), o jornal informa que “investigadores estiveram na casa do amigo de longa data do presidente brasileiro”, referindo-se a Queiroz. O policial aposentado já trabalhou para Bolsonaro, mas é investigado pelo período em que foi chefe de gabinete de Flávio, então deputado estadual pelo Rio.
O jornal inglês escreveu ainda que “a investigação apura se o agora senador Flávio Bolsonaro deixou acontecer um esquema de corrupção durante os 15 anos em que foi parlamentar pelo Rio de Janeiro em colaboração com Queiroz”. Já o New York Times, maior jornal norte-americano, publicou despacho da agência de notícias Reuters que abre o texto informando que “procuradores estaduais fizeram uma batida em propriedades de um ex-funcionário de Flávio Bolsonaro, o filho do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e parentes de sua ex-esposa”.
O texto lembra da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que congelou a investigação em julho e informa que as apurações foram retomadas agora. “Flávio Bolsonaro insiste que é inocente de qualquer crime. No entanto, a investigação tem sido uma mancha para ele e para o governo de seu pai, que chegou ao poder prometendo acabar com anos de corrupção política no Brasil”, diz o texto publicado pelo The New York Times e por outros veículos que publicam a Reuters. As informações são do site Metropoles.