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“Miliciano, canalha e ditador”, dispara petista e diretor de sindicato ao pedir expulsão de Rui do PT

Bené Ribeiro, defende a expulsão do governador Rui Costa do partido | FOTO: Reprodução/Evilásio Jr. |

Filiado e militante do PT há 32 anos em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, o diretor do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Bené Ribeiro, defende a expulsão do governador Rui Costa do partido. “É um cara ditador, hipócrita, porque defende aquilo que o partido não defende e, além disso, canalha, porque é um ato de canalhice fazer tudo isso aqui com os trabalhadores e trabalhadoras. Passou de Rui Maldade para Rui Gargamel, por causa das maldades. Aquele bruxo do desenho dos Smurfs que só pensava em crueldade, em aprisionar e se vingar”, comparou, em entrevista ao site do jornalista Evilásio Jr, nesta quinta-feira (23), na Assembleia Legislativa (Alba), durante ato dos servidores contra a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência estadual.

Além da PEC 159, entre as práticas consideradas por ele como “desafinadas” com o programa da legenda estão o fechamento de escolas, a exemplo do Colégio Odorico Tavares, no bairro da Vitória, e a desocupação considerada “truculenta” do Hospital Couto Maia, na Ribeira, no fim de dezembro, quando a polícia retirou 120 famílias de um galpão que estaria abandonado pelo governo há duas décadas. “São quase 30 escolas fechadas desde 2019 e a gente não pode aceitar isso, porque quem fecha escola cria presídio, e a população não está aqui para ser presidiária. Ela está aqui para reivindicar direitos e para ter espaço. E não foi só no Odorico Tavares que teve força desproporcional, mas também no caso do MLB [Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas], das pessoas que invadiram lá, que estavam cobrando residência, que não têm onde ficar”.

“Ele colocou a Choque lá. Ele fez as pessoas que estavam lá, crianças, mulheres e jovens desarmados, descerem de joelhos por quatro andares. Usaram gás de pimenta para forçar as pessoas a desocuparem, ameaçando e dando bofetões. Então, o governador já faz isso há muito tempo. Utiliza a polícia como braço miliciano do Estado para fazer as suas vontades. E aí ninguém se manifesta ao contrário. O Ministério Público não faz nada e ninguém diz que é uma ordem ilegal. Porque, para haver uma invasão policial, tem que haver um mandado judicial para autorizar que a polícia invada. Mas a Polícia aqui da Bahia, que é braço miliciano do governador, invade tudo, entra na sua casa, sem respaldo nenhum. A gente está vivendo aqui um estado de exceção que foi criado pelo seu Rui Costa”, acusou.

De acordo com o sindicalista, ele já pediu adoção de medidas internamente no PT e, por causa de sua postura, foi “ameaçado” e publicamente criticado. “Teve uma fala do secretário estadual [de comunicação] do partido [Adolpho Loyola] que eu nem conheço. Deve ser um menino querendo aparecer, porque eu já tenho 32 anos de partido e nunca vi a cara. Eu nunca pedi um centavo a ninguém, nunca pedi cargo, porque eu não preciso. Agora, é uma dor dizer que tenho no mesmo partido um sem-vergonha desse como governador”, condenou Bené. Após ter chamado Rui de “canalha e traidor” em uma reunião do diretório petista em Santo Antônio de Jesus, há duas semanas, Loyola afirmou que o diretor do Sinpojud “é filiado ao partido e tem o direito de se expressar mesmo de forma exagerada” e que “se ele não está contente com o nosso governo, ele também é livre para sair do PT, se desejar”. As informações são do site do jornalista Evilásio Jr.

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