A notícia de que políticos de outros partidos estariam enfrentando resistência para entrar para o Partido dos Trabalhadores (PT) deixou a militância da sigla em Salvador com o alerta ligado. O vereador soteropolitano, Luiz Carlos Suíca (PT), por exemplo, nesta quinta-feira (23), declarou que “o partido não é para paraquedistas”, e que é preciso a direção da sigla “se debruçar em ajudar quem defendeu Dilma do impedimento, quem defendeu a liberdade de Lula e quem esteve sempre ao lado da democracia”.
Suíca salienta que o PT é formado, em sua essência, de trabalhadores, sindicalistas, sem teto, sem-terra, e agricultores familiares. Ele aponta que quem esteve defendendo o partido de ataques foram essas categorias. “E, agora, porque Lula está livre, e o PT forte, muita gente quer se filiar ao partido. E tem dirigentes abrindo as pernas para isso. Eu discordo peremptoriamente. Temos de apoiar quem apanhou, quem defendeu a escola pública, quem foi preso para defender a democracia. Quem foi ameaçado de expulsão por defender as diretrizes do partido”.
Para o vereador petista, se o político tiver mandato ainda é mais grave a situação, pois disputaria com quem passou por toda a pressão histórica e não seria justo. “Não acho coerente essa disputa. Imagine tirar a vaga de quem atua já há muito tempo, que foi condenado, ameaçado de expulsão, que ficaram e lutaram contra o impedimento de Dilma e a liberdade de Lula. Não considero justo. O partido começou a errar quando foi buscar nome para disputar a prefeitura de Salvador fora do partido, temos de valorizar os nossos, negros, mulheres, sindicalistas e trabalhadores. E não somos animais”, completa. As informações são de assessoria.