A morte do miliciano Adriano Magalhães de Nóbrega, ex-capitão do Bope, e acusado de fazer parte do ‘escritório do crime’ no Rio de Janeiro, repercutiu pelo país e tomou os debates nos bastidores e no plenário da Câmara de Vereadores de Salvador. Nesta segunda-feira (10), o edil petista Luiz Carlos Suíca (PT) tratou do assunto e disse que está longe de ser esgotado, já que o homem morto em fazenda no município de Esplanada, na divisa de Bahia com Sergipe, seria um delator e “ia dizer muita coisa”. Parabenizando a atuação das polícias militares da Bahia e do Rio, Suíca detonou a “coincidência” de Adriano “está hospedado em fazenda de um vereador do PSL de Esplanada”.
“Com amizade com os filhos do presidente Bolsonaro. E que foi abatido como marginal na cidade de Esplanada, esse cidadão estava hospedado no sítio do vereador ‘Gilsinho de Dedé’ do PSL. E para tirar seu corpo fora disse que votou em Rui Costa, e que fez campanha para Haddad. E disse mais: ‘eu estou indo para o PSB. Eu não sou do PSL não’. Imagine!? Mas a gente precisa parabenizar a Polícia Militar da Bahia, que ajudou a Polícia Militar do Rio de Janeiro. E esse homem merecia era ser preso porque ia falar muita coisa. Porque ele seria um arquivo vivo. Agora é um arquivo morto”. Suíca completa dizendo que o único erro foi não ter conseguido prender o miliciano.
Para o edil, muita coisa precisa ser explicada. “Morto em território de irmão de deputado e que deve ser primo de mais alguém. E que o irmão deve ser candidato a prefeito dessa cidade. Nota para imprensa não o exime de culpa. Sem contar que Adriano pode ter participado do grupo de assassinos de aluguéis. Milícia que pode ter assassinado a vereadora carioca Marielle Franco [Psol] e o seu motorista. Adriano recebeu elogios públicos da família Bolsonaro”, sintetiza. O vereador finaliza dizendo que o governo Bolsonaro quer desmontar a máquina pública e transformar o Congresso em seu escritório. “Bem parecido com o que existia no Rio de Janeiro”. As informações são e assessoria.